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quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Branca de Neve e o Caçador


Uma nova visão de tirar o fôlego de um conto lendário. Branca de Neve é a única pessoa na terra mais justa do que a Rainha má que pretende destruí-la. Mas o que a perversa Rainha nunca imaginou é que a jovem que ameaça seu reinado vem treinando na arte da guerra com um caçador que foi enviado para matá-la


Pelo mais belo sangue foi feito, e apenas pelo mais belo sangue poderá ser desfeito.


Não.
Não irei fazer aquela clássica análise livro x filme. O livro é melhor que o filme... blá blá blá até porque os dois nesse caso se complementam. A escrita em brochura veio posterior ao roteiro cinematográfico e nunca tinha tido a oportunidade de conhecer esse tipo de obra. Sou daquelas que só vê o filme depois de ler o filme respectivo, exceto os do Sparks que só começaram a vir pro Brasil depois que os filmes já tinham sido realizados. E a sensação foi bem interessante.

O livro publicado aqui no Brasil pela nossa parceira Editora Novo Conceito tem um layout bem interessante. Dividido em duas partes a partir do quote destacado acima que é a base de todo filme/livro, ele tem uma divisão de capítulos e a arte bem plausíveis a história. Eu achei um trabalho simples e que não deixa de ser bonito, sabe? A capa é a mesma do poster nos cinemas e não podia ser diferente. O kit montado pela editora porém, com uma capa, um teaser, marcador e um bloquinho de notas em formato de maçã ficou um show de tão lindo! Vou sortear um, provavelmente na próxima promoção que espero ter um sucesso maior que as outras até aqui e espero que vocês me ajudem nessa empreitada.

Agora, voltemos a resenha. Como falei antes, um completa o outro. No início, por ter visto o filme na estréia, achei meio chato porque era como se estivesse lendo a película que já havia assistido sem tirar nem pôr. Contudo, conforme a leitura prosseguia foi interessante entender algumas partes do filme que ficaram um tanto a mercê de interpretações. As vezes, eram cenas gravadas e previstas, porém cortadas de última hora para não passar o cronometro? Não sei, só sei que o livro tem um prosseguimento em algumas cenas e uma explicação mais psicológica, algo que gostei bastante por completar a minha visão e compreensão da história cinematográfica. Principalmente o final que foi deixado em aberto no cinema, ficou mais fechado e concluído na leitura. Não foi como eu queria que fosse, mas a essência tinha de ser mantida né?

A leitura é leve e rápida. As letras são grandes e bem espaçadas o que dá uma dinâmica maior, acho que por conta de ter sido originada de um roteiro. Em um dia se termina o livro, sem haver cansaço. A tradução também foi bem feita, apesar que algumas pessoas hão de discordar de uma coisa: A clássica frase "Espelho, espelho meu. Diga se há no mundo alguém mais bela do que eu", foi traduzida ao pé da letra da versão americana que é um tanto diferente do português... Apesar de eu, particularmente, preferir o ritmo das palavras no inglês, achei uma gafe básica a tradução equivocada de uma citação secular.

Já o filme foi 10! OS efeitos visuais e especiais, a transformação do clássico infantil em algo mais dark e mais gótico foi uma belíssima inovação a história. Tornou a trama interessante ao fugir da ladainha dos contos de fadas alegres e vibrantes e colocando um pouco de humanidade às personagens. A rainha má não é assim porque nasceu assim, Ravena se tornou má e poderosa devido as circunstâncias. E assim acontece com todos no filme. São bem construídos em meio a uma direção de arte aplaudida de pé, porque é linda demais! O romance é relegado a segundo plano e isso foi outro aspecto acertado. Lógico, alguns foram para ver a mesma baboseira de sempre mas... foram surpreendidos com uma mudança no mínimo interessante no rumo da questão.

A história segue como a padronizada em uma roupagem completamente diferente. E com um personagem a mais: o caçador. Hemsworth além de um colírio para os olhos femininos, vestiu o personagem como se fosse uma luva. Ganha a sua simpatia no primeiro segundo, pelo seu sarcasmo seco e sua falta de amor a vida. Assim como com Ravena também há uma história que o levou a se tornar daquele jeito, e o filme é o contexto de sua redenção junto a Branca de Neve. Caçando, primeiramente e depois ajudando-a, ela o transforma com um fator muito valorizado na trama: pureza.

E é aí que vem a principal questão: Desde quando a Kristen Stewart é mais bonita que a Charlize Theron? Foi o que mais li e ouvi nas redes sociais. A resposta é: Não é! Gosto dela, mas sejamos sinceros, nem se compara. Porém a questão em torno da maldição e da beleza ia muito além da beleza física. Ravena só pensava nesse tipo, porém a beleza estava no sangue. Na pureza e inocência atreladas a essa beleza. Branca de Neve na história era inocente e pura. Era boa e gostaria de melhorar as coisas, ao contrário de Ravenna que só via os seus interesses e poder. Aí entra o fato de uma ser considerada no filme mais bonita que a outra.

Além do mais, apesar de ser fã da Kristen (mesmo com a traição dela ao Pattz e do sofrimento dele - ela é uma cretina, mas a vida pessoal é deles e de nada me acrescenta) convenhamos que ela do lado da Charlize foi como se eu visse a Kelly Key atuando ao lado da Fernanda Montenegro. Uma diferença gigantesca!!! Ela pode fazer melhor que isso, eu sei que pode! Mas no filme bateu uma decepção grande sabe? Era a hora de provar isso, e ela deixou a oportunidade escoar pelos dedos ao ficar com a boca aberta com cara de Bella. Sério... Deixou a desejar, enquanto Theron deu um banho (de leite, de interpretação e de tudo o mais) em todos!

Um bom filme e um bom livro a serem vistos/lidos em conjunto. De preferência digo que leiam antes de ver. ;)

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