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quarta-feira, 31 de março de 2021

[RESENHA] Eu, Robô - Isaac Asimov

 


Esqueçam o filme...

Sim, fizeram um filme com o nome "Eu, Robô" com Will Smith estrelando baseado nesse livro do Asimov. E, sim, é completamente diferente da obra original. Tirando a presença de alguns personagens comuns, a história é absolutamente diferente. Sem exagero. Adaptaram uma história própria com a ideia geral do livro e só. Uma fanfic cinematográfica.

Digo isso porque esse livro não é uma história única. Ele trabalha a partir de uma entrevista, em que cada "capítulo" é uma história integral e a parte. Basicamente, todas as histórias trabalham vários aspectos, problemas, questões e polêmicas em torna das 3 Leis da Robótica. Temos a principal Dra Susan Calvin (que eu particularmente ñ gostei) e vários outros personagens lidando com os robôs (Powell e Donovan são meus favoritos). Isso porque, na verdade, foram contos publicados de forma aleatória e que o próprio Asimov resolveu unificar como história única. E quando lidos assim, nem parece que nasceram separados.

Fácil de ler, rápido, com histórias interessantes, algumas divertidas, outras tensas, o livro é muito legal. Super recomendo!

sábado, 20 de março de 2021

Precisamos falar sobre Ficção científica

Nem só de fantasia e romance vive uma leitora. A ficção científica tem uma parte importante separada nos meus gostos literários e, por que ñ dizer, televisivos e cinematográficos. E essa semana vou falar bastante disso pois estou novamente imersa no universo de Asimov, terminando a leitura de "Eu, robô" que em breve será devidamente resenhado.

Mas o que é ficção científica?

Quando se fala de ficção científica, geralmente se associa a espaço, não é?! A primeira coisa que a gente pensa é Alienígenas, Guerras intergalácticas, etc. Mas não é só isso. Indo pelo termo, ficção científica nada mais é que uma fantasia ou história criada/inventada em que existe um respaldo da ciência. O evento/ fato pode ser extrapolado ao que vemos hoje, mas se baseia em questões reais do universo da ciência. 

A primeira grande obra de ficção científica foi Frankestein de Mary Shelly em 1818. Afinal, o médico monta uma "pessoa", dá a vida de forma artificial. Temos ai um exemplo de algo possível (vide clonagens, transplantes e etc), elevado ao exagero de criatividade (um ser humano todo montado - o "monstro").

Mas ñ é apenas disso que se trata o gênero. Uma vertente em constante expansão atualmente é a distopia. Como oposição a utopia (um futuro lindo), a distopia se trata de obras em que o futuro deu tudo errado. Governos autoritários, competições mortais, guerras ou um mundo arrasado pela guerra ou por bombas... Jogos Vorazes é uma distopia, portanto é uma obra de ficção científica. Assim como Admirável mundo novo, 1984, Conto da aia, Divergente e por aí vai.

Vários livros se destacam deste gênero, assim como vários autores escreveram e acabaram com obras ganhando as telonas várias vezes.ao longo dos anos. 

  • H. G. WELLS - escritor e jornalista britânico que estudou Biologia e se dedicou ao gênero da ficção científica criando histórias reverenciadas até hoje e que servem de inspiração para praticamente a maior parte das histórias. São dele A Máquina do Tempo, Guerra dos Mundos e O Homem Invisível. Além do rigor científico de suas obras, a fantadia ajuda o autor a questionar e criticar aspectos da sociedade de sua época final do século XIX, início do XX (e que parecem tão próximos e reais ainda hoje)
  • ISAAC ASIMOV: Bioquímico da universidade de Boston e escritor, esse autor dedicou-se a escrever livros do gênero da ficção científica e se tornou um dos "3 grandes", junto com Robert Heinlein (o dia depois de amanhã) e Arthur Clarke (2001 uma odisseia no espaço). Suas principais obras contam com a série Robôs (em que criou as 3 principais leis da robótica) e a saga Fundação (em que faz cria uma história de séculos e milênios futuristas e no espaço, mas cheios de paralelos com a nossa história real da Terra). Principal características é.a inserção de explicações, conceitos e questões científicas reais porém atreladas a um contexto histórico com muita possibilidade de discussão filosófica.

Como vimos, são vários os autores e as obras de ficção científica. A maior parte dessas histórias encontraram diferentes versões no cinema como O Homem Bicentenario (com Robin Willians), Homem invisível (tem até um atual com a Elizabeth moss) ou filmes como Equilibrium (inspirado em Admiravel mundo novo, esse filme do Christian Bale é uma mistura do gênero com o primeiro matrix.

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Eu amo esse gênero! E essa semana nos dedicaremos a resenhas e divulgações desse estilo. Já começo com os livros citados aqui. Vocês leram algum desses?! Já conheciam esses autores: O que acharam?!

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segunda-feira, 15 de março de 2021

[RESENHA] Teto pra dois - Beth O'Leary

 


Que livro delícia de se ler! 

Sabe aquela leitura despretensiosa que vc começa e quando você vê, vc já acabou e tá rendida? Um livro para relaxar e dar fôlego, arejar a cabeça, sair da ressaca.

Pontos pra autora que soube conduzir uma história com pontos e temáticas internas complexas e difíceis de uma forma leve. Nesse livro, conhecemos Tiffy e Leon que serão colegas de apartamento de uma forma inusitada: dividirão o apartamento em turnos alternados e dividirão a cama. Ele trabalha a noite e dorme durante o dia, ela trabalha de dia e dorme a noite. A ideia é que não precisariam se encontrar. Porém convenhamos que quando você mora com alguém, mesmo nesse sistema, vc convive com as roupas, o cheiro, a comida, e eles passam a trocar recados se conhecendo pelo apartamento.

Pontos interessantes:

* o apartamento é mais que um cenário. Nesse livro você percebe como coisas simples, detalhes que passa despercebidos no dia a dia da casa e seu funcionamento podem mostrar sua personalidade, temperamento e humor. A convivência ñ precisa ser física para ser sentida e realizada.

* a história é leve apesar de tratar de temas como relacionamento abusivo e seus traumas (no caso da Tiffy) e do drama familiar sobre prisões (indevidas). Em qualquer livro, são assuntos pesados com grande carga emocional. A autora consegue tratá-los de forma tocante e como falei com leveza. 

* é um romance de certa forma clichê, mas é uma delícia pois ele é construído de forma muito diferente e não convencional. Afinal nem Tiffy, nem Leon são tipos convencionais. Suas personalidades estão por aí (são personagens reais), porém não costumeiramente retratáveis. 

Recomendo muito. É um livro delícia demais, uma leitura prazeirosa que te faz rir e suspirar. 

sábado, 6 de março de 2021

[RESENHA] A court of silver flames - Sarah J Maas

 (NÃO HAVERÁ SPOILER)

I am worthless and I am nothing, (...) I hate everything that I am. And I am so, so tired. I am tired of wanting to be anywhere but in my own head.

O livro, lançado no mundo em 16 de fevereiro e que vai ser lançado aqui no Brasil pela Galera Record ainda esse semestre sob o nome Corte de Chamas Prateadas, trata da personagem Nesta e sua jornada de cura após a guerra e a violência de sua transformação em feérica, quando foi jogada no Caldeirão contra a vontade e usurpou parte dos poderes dele. No livro anterior Corte de gelo e estrelas, vimos que ela está se autodestruindo: mergulhada em tavernas bebendo e transando pra escapar dos pensamentos. A jornada dela passa por várias etapas: cura, aceitação, perdão, amizades e claro amor (e sexo).

Uma das histórias da Sarah mais bem escritas que eu já li. Completa em um livro só, temos aqui um romance de aquecer o coração (e esquentar outras partes tbm rsrs *abana*), mas também uma história incrível sobre o poder da amizade e da família. Se tornou o meu livro favorito e com certeza quando lançar aqui eu vou querer pra ler de novo. No meu caso, a Nesta se tornou a minha personagem favorita da saga, Nessian já era o meu ship favorito... sua construção,  sua "redenção" é tão bonita que muitas vezes você se pega sem conseguir largar a leitura, ou com o coração doendo junto com ela ou sorrindo que nem boba sozinha rs

Vários aperitivos foram jogados pela própria autora na internet. Mas uma fala que pra mim representa esse livro é essa:

"Never again. Never again would she be weak. Never again would she be at someone’s mercy. Never again would she fail. Never again, never again, never again."

Fora que esse acosf se tornou um marco pessoal: foi o primeiro livro que eu li em inglês concluindo a leitura. Lógico que no curso que fiz tivemos de ler livros, mas eram pequenos. Esse tipo de calhamaço (ele é enorme, apesar de você nem sentir de tão bom que ele é), foi a primeira leitura estrangeira que eu fiz até o final.

Se eu indico? Com certeza! E gostaria muito de saber o que vcs acharam do livro, ou o que gostariam de ver nele.