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segunda-feira, 27 de junho de 2011

Mais sobre a Humanidade

“Tudo que é sólido desmancha no ar”


Marx ao construir essa frase, ele resume os dramas que vivemos atualmente não só na parte da tecnologia, mas em todos os setores possíveis de se relatar. O melhor disso é que ele o faz no século XIX. Eu sou historiadora e é fácil ligar esse fenômeno aos tentáculos do capitalismo em nossas vidas, porém definitivamente não é fácil viver em uma sociedade que não existe base que dure mais do que alguns meses, ou terra firme que não se torne areia e sucumba as ações das marés.
Outro dia estava vendo In Plain Sight, uma série sobre o Programa de Proteção de Testemunhas dos EUA, onde havia um caso na cultura Amish. Para quem não os conhece, são pessoas que decidem viver no século XIX, sem avanços tecnológicos, sob as próprias leis e estilo de vida. E nos últimos dias, eu falo as vezes que vou fazer uma comunidade assim. Isolar-me-ia de certos avanços que são tão rápidos que daqui a alguns poucos anos serei capaz de acompanhar e viveria bem e tranquila, sem pressões de todos os lados ou de uma imprensa manipuladora de opinião a respeito do que bem que.
Nossas amizades são mantidas pela internet, onde você pode bloquear a hora que quiser. Nossas conversas são realizadas pelo telefone ou celular, onde você não atender pode ser porque você não está em casa ou estava fora de área. O mundo está supérfulo, gastamos dinheiro por um celular ou IPAD novo e lindo e não somos capazes de nos prender a atividades mais simples de conversar ou simplesmente sentir a presença dessas pessoas.
Esse é um daqueles desabafos que vem de momentos em que você olha para as pessoas ao redor vivendo suas vidas e sem nenhum interesse pela vida dos outros. Pensam cada vez mais em si, apesar dessa fama de que tudo é pelo bem dos outros. Todos visam os seus próprios interesses fingindo ser o dos outros, mas quando os outros reclamam ou discordam, somos errados. O ser humano está cada dia mais egocêntrico, mais fechado em si mesmo, pois tudo ao seu redor passa rápido demais para prestar atenção. Temos cada vez menos visão periférica... Somos cada vez mais racionais e cada vez menos vivos.

sábado, 25 de junho de 2011

Game of Thrones - The Winter is coming


Finalmente assisti a série considerada como a grande estréia da temporada Game of Thrones ou Guerra dos Tronos do canal HBO. Minha reação a ela pode causar espanto aos fãs mais aficcionados, pelo simples fato de que eu achei a série boa, porém não essa coca-cola toda, se é que vocês me entendem. Calma! Não fechem a página, nem me dê um unfollow imediato! Para tudo há uma explicação razoável...

A narrativa da história é incrível. Confesso que mexeu com a minha curiosidade, e toda a questão de conspirações contra o rei a fim de lhe tomar a Coroa, casamentos como troca de poder é interessantíssimo e eu tenho vontade de saber o que acontecerá nos próximos capítulos. A história realmente tem um potencial gigante e aguçou a minha compulsão de ler os livros da qual se originou – Crônicas de gelo e fogo, do Tolken Americano George R. R. Martin lançado aqui pela editora Leya – e a qual se manteve impressionantemente fiel pela opinião de todos os que já tiveram o prazer de ler e assistir a série.

Porém, uma pergunta se formou em minha mente e eu não consigo evitar: Por que as séries da HBO tendem a exagerar tanto nas cenas de violência, nudez, sexo e afins? Eu sei que é um canal mais adulto e as histórias tem esse nível, mas venhamos e convenhamos, as vezes é demais! E isso é um fator que me incomoda nessas séries. Todas tem um potencial magistral, roteiros impecáveis, diálogos também, mas... pecam em um exagero que parece uma afirmação: Somos um canal adulto! Queremos deixar isso bem claro! Ok. Se for por isso, não há dúvidas mesmo! Mas, podiam dar mais crédito a história... sabe?

Isso é algo que me incomoda nessa série e que me incomodou em várias outras (Roma, True Blood, Spartacus, e por aí vai). Apreciaria muito a redução das cenas mais impróprias, para uma valorização da história... Apesar de saber que numa guerra pelo trono, sexos, traições, incestos, estupros e sangue são normais, poderiam maneirar, né?

Mas, eu pretendo continuar assistindo e postando minha opinião aqui. Aproveito esse post para desculpar-me pela minha súbita sumida, mas escrever a dissertação de mestrado e dar aulas tem sido algo bem cansativo para a blogueira que vos fala.

sábado, 18 de junho de 2011

Devaneios Literários - Mariana Collares


"Nenhum homem é uma ilha, um ser inteiro em si mesmo"... O fragmento do famoso poema de John Donne abre as portas do Blog que dá nome a este Livro. E não por acaso. Por não se sentir uma ilha, mas um ser imerso em um mundo de contrastes, a autora deu início a uma coletânea de divagações literárias - obras do pensamento de um ser em movimento, atuante e observador do cotidiano. Este livro é uma coletânea das melhores crônicas publicadas em cinco anos de devaneios.

A partir de seu blog homônimo ao livro, a autora Mariana Collares postava crônicas, contos e reflexões sobre temas dos mais variados. Viagens, amor, coragem, pessoas, o Rio Grande do Sul (seu Estado natal), entre outras coisas. Parece simples? Mas não é. Foi uma leitura deliciosa! Sabe aquele livro que te faz pensar? Ou aquele que você lê para se divertir? Aquele livro que você fica pensando: Cara eu poderia ler uma crônica por dia durante o ano! Esse é o Devaneios Literários.

Com um português refinadíssimo e um grande talento em articular idéias das mais complexas as aparentemente mais simples, você não se cansa da leitura! Uma belíssima obra que está sendo vendida pela nossa parceira a editora Bookess de forma impressa ou virtual. Eu confesso que corri para encontrar o blog e seguir pela qualidade dos textos que li no livro.

Me identifiquei com vários textos. O primeiro texto do livro me fez rir, mas me encantou absurdos que foi sobre um turista em plena Porto Alegre. Esse foi o primeiro texto e que me deu um gás para continuar a ler e ler e não parar mais! Depois, os textos tendem a se tornar mais densos e intimistas, que no final eu me senti, tipo amiga de infância da autora. É uma sensação engraçada e amei a minha interação com a leitura!

Então, super recomendo para vocês, seguidores a lerem essa belíssima obra!

Bjinhus

sexta-feira, 17 de junho de 2011

The Voice: The Battle Rounds (1x03, 1x04, 1x05, 1x06)

E The Voice continua me surpreendendo. Cada dia que passa, cada vez que assisto, esse programa ganha um espaço ainda maior no meu coração musical e com certeza mostra como American Idol está tão desgastado. Bem, eu postei aqui a primeira parte das audições às cegas. Uma sacada genial! Cada um dos treinadores (Christina Aguilera, Blake Shelter, Adam Levine e Cee Lo) montou um grupo com 8 calouros, que irão treinar. Agora uma nova etapa se inicia: Battles Round.

Os duelos são apenas mais uma novidade do formato desse reality show. Dos oito cantores em cada time, os treinadores escolheram duplas que irão duelar vocalmente no palco (que tem o formato de um ringue!!!). Cada coach escolhe uma música e os ajuda nos ensaios, aconselhando com relação a utilização de sua voz, consertando alguns erros dando conselhos a respeito de suas inseguranças no palco. E no final, cada treinador terá que escolher um dos dois para ir para os shows ao vivo defender sua equipe!

E vou te contar: Que duelos!!! Teve alguns que simplesmente eu fiquei: Geez, como ele vai escolher??? Como escolheeeeer??? E outros que foram ótimos, mas que era visível a superioridade de um para o outro. Minhas impressões com relação aos Teams:

* Team Xtina: Não houve qualquer dueto ruim. Christina Aguilera me surpreendeu muito como treinadora. Eu sempre soube que ela era fantástica e tinha uma voz poderosa. Mas ela conhece bastante a respeito de técnica vocal e sabe escolher as músicas para os duetos e os ajuda a se adaptarem a música e não o contrário. Isso ganhou pontos! Porém ela me decepcionou um pouco nas escolhas. Tudo bem, era muito tenso escolher um só naquelas maravilhosas apresentações, mas... não vou falar mais! Senão spoleirei quem gostaria de assistir.

* Team Blake: Blake é um fofo!!! Ídolo country ele se mostra cada dia mais fofo!!! Seu grupo tem uns cantores muito bons, porém eu acho um dos mais fracos. E foi o time que mais teve problemas nos duelos. Não sei se foi por conta de erros nas escolhas de músicas e suas respectivas vozes. Não sei se foi por nervosismo de alguns participantes... Mas foi um pouco decepcionante algumas vezes. Tiveram duplas realmente boas e tiveram escolhas que me deu vontade de entrar dentro da televisão e bater nele, mas a presença da fofa da Reba como conselheira valeu cada apresentação.

* Team Cee Lo: Impressionantes! Essa palavra descreve cada duelo dessa equipe. Não teve um abaoxo da média! Foram todos maravilhosos!!! Um grupo fortíssimo e que geralmente eu chegava nos finais das apresentações completamente chocada com tanta coisa boa! Ele sabe criar, ajustar músicas antigas a vozes novas. Nada a declarar a mais!

* Team Adam: Confesso que é o meu favorito! Não por causa do Maroon 5, mas porque as opiniões que ele dava, os toques, tudo eram o que eu realmente pensava. Ele é muito crítico, mas conheço muito de técnica vocal e, apesar de um pouco sério, Adam e o produtor musical do seu grupo - seu conselheiro nos treinos - tinham uma bagagem que eu não conhecia. São inteligentes e modificavam o que tinham de modificar para deixar os cantores mais a vontade. Confesso que não gostei de uma das escolhas, mas no geral, foram duelos maravilhosos e escolhas realmente difíceis.

Ou seja, agora eu, finalmente estou indo assistir os Live Shows. E já já estou atualizada e pronto para assistir ao vivo! =) Espero que vocês tenahm vontade e curiosidade de assistir comigo também, porque vale a pena se você gosta de boa música. ;)

Bjus!

segunda-feira, 13 de junho de 2011

"O Amor Jamais Acaba"

Ontem foi uma data comemorada aqui no Brasil como o Dia dos Namorados, porque é véspera do dia do santo casamenteiro Santo Antônio. Enquanto o resto do mundo vive suas vidas normalmente por já ter comemorado a data do amor no dia de um outro santo chamado São Valentim, nós brasileiros curtíamos o nosso dia de gastar nas lojas e fazer os empresários e comerciantes felizes por enriquecerem as nossas custas.

Nesse momento, todos que começaram a ler esse post começam a pensar que eu sou uma solteirona que passou o dia dos namorados sozinha e abandonada numa casa cheia de gatos, mas não! Apesar de todo traço de mau-humor que aparentou existir com relação a data no primeiro parágrafo eu tive um ótimo fim de semana com meu baby. Porém, fico incrivelmente incomodada com essa noção que as pessoas explicitam durante um dia específico dedicado a um tema sobre o Amor.

A maior parte das pessoas atualmente se contentam em simplesmente curtir. Curtir enquanto dá, casar até tudo ainda estiver bem. A frase que entitulei o post pode ser encontrada na Bíblia no livro de I Coríntios, porém as pessoas dizem que isso é besteira. Eu digo que besteira é essa supervalorização de sensações que na verdade não são de amor. São de sentimentos como obsessão, paixão, porém não amor. E como eu sei o que é amor?

Eu não sei. E duvido que alguém o saiba. Apesar da minha mente incrivelmente racional para uma mulher, não consigo definir o que é precisamente o amor. Além de substâncias como endorfina, adrenalina entre outros hormônios que o corpo produz gerando sensação de bem-estar, o amor está muito mais ligado a duas outras palavras ainda mais importantes que ele: Companheirismo e Compromisso.

O que te faz ficar casado não é o amor passional ou o bom sexo ou a falta de problemas, porque é impossível! Mas a frase é verdadeira, sabe por que? Por que o amor é muito amplo, assim como a vida. Ele não permanece estático e imutável como esperamos que assim o faça, ele muda. Ele muda como nós mudamos. Não temos as mesmas reações de ontem, pelo contrário, mudamos rapidamente e isso se reproduz em nossas ações. Por que não se refletiria no amor? Na relação a dois?

Quando somos crianças amamos nossos pais porque nos protegem e são pessoas sem defeitos, quase super heróis. Conforme crescemos, continuamos amando nossos pais não por serem indefectíveis, mas por serem tão humanos como nós. A vida a dois deveria ter o status de compromisso. Por vezes se briga e por um momento definitivamente não amamos aquela pessoa, mas somos comprometidas com ela. E depois de um tempo voltamos a nos sentir bem com a pessoa.

Não devemos ter medo de sentir as transformações de nossos sentimentos. O amor jamais acaba, ele apenas se transforma, se desenvolve, amadurece e se renova. E no momento em que tivermos coragem de dizer "eu te amo" para alguém não devemos simplesmente dizer isso da boca pra fora, mas dizer como marca de um compromisso de suportar e principalmente respeitar a outra pessoa. Por que isso, sim, é o amor!

quinta-feira, 9 de junho de 2011

A Menina Que Roubava Livros - Marcus Zusak

Entre 1939 e 1943, Liesel Meminger encontrou a morte três vezes. E saiu suficientemente viva das três ocasiões para que a própria, de tão impressionada, decidisse nos contar sua história, em 'A menina que roubava livros'. Desde o início da vida de Liesel na rua Himmel, numa área pobre de Molching, cidade próxima a Munique, ela precisou achar formas de se convencer do sentido de sua existência. Horas depois de ver seu irmão morrer no colo da mãe, a menina foi largada para sempre aos cuidados de Hans e Rosa Hubermann, um pintor desempregado e uma dona-de-casa rabugenta. Ao entrar na nova casa, trazia escondido na mala um livro, 'O manual do coveiro'. Num momento de distração, o rapaz que enterrara seu irmão o deixara cair na neve. Foi o primeiro dos vários livros que Liesel roubaria ao longo dos quatro anos seguintes. E foram esses livros que nortearam a vida de Liesel naquele tempo, quando a Alemanha era transformada diariamente pela guerra, dando trabalho dobrado à Morte. O gosto de roubá-los deu à menina uma alcunha e uma ocupação; a sede de conhecimento deu-lhe um propósito. E as palavras que Liesel encontrou em suas páginas e destacou delas seriam mais tarde aplicadas ao contexto da sua própria vida, sempre com a assistência de Hans, acordeonista amador e amável, e Max Vanderburg, o judeu do porão, o amigo quase invisível de quem ela prometera jamais falar. Há outros personagens fundamentais na história de Liesel, como Rudy Steiner, seu melhor amigo e o namorado que ela nunca teve, ou a mulher do prefeito, sua melhor amiga que ela demorou a perceber como tal.

O que falar desse livro?

Em todos os meus históricos de leitura do skoob, eu só conseguia dizer o clichê: “Maravilhoso!” “Perfeito!” Porque o livro se encaixa nessas duas palavras. Ele foi elevado ao topo da categoria de meus livros favoritos e Melhores Livros que eu já li! E o triste é pensar que eu demorei tanto pra decidir lê-lo... Pensei que ia ser chato ou parecido com o estilo de outro best seller que eu não suportei “O Caçador de Pipas”. Vergonha de mim!

A narrativa do livro é diferentíssima e super criativa! É a primeira grande e deliciosa surpresa que você se depara ao começar a ler. A Morte como narradora é diferente de todos os outros narradores já encontrados no livro. Não é irônica, nem sombria como se imagina. Na verdade, não haveria outro personagem mais conveniente para narrar a história de Liesel que a própria protagonista do momento marcado pela Segunda Guerra Mundial. O panorama do que acontecia ao redor da menina na própria Alemanha e o que ocorria no exterior como em Stalingrado é descrito de forma real, mas com uma triste beleza literária. Apesar do momento ser nada lindo ou belo, o modo como tudo é narrado, te faz sorrir, chorar e não querer largar o livro.

Liesel é uma menina que passa a viver com pais de criação por conta da conjuntura social da Alemanha e ali, ela aprende e nos dá lições importantes sobre o Amor em todas as suas formas. O pai bondoso e companheiro, a mãe rabugenta mas de coração gigante, o garoto sonhador e apaixonado, o judeu amigo preso no porão. Mas a menina que roubava livros não era a única protagonista. Junto de si as Palavras demonstravam sua importância: é por conta delas e do seu uso que vemos os acontecimentos ruins e bons da vida de Liesel, assim como foi por meio das palavras que Hitler fez absorver na população o ódio aos judeus, aos comunistas e a qualquer um que não fosse um igual.

Eu não só recomendo, como digo que todos deveriam ler e reler esse livro. É maravilhoso! Perfeito! O melhor livro que já li! Mas principalmente, é uma boa forma de se entender o contexto interno da Alemanha durante o período tão conturbado e dramático como a Segunda Guerra Mundial. Marcus Zusak fez um excelente trabalho ao contar a história através das lembranças vividas por seus pais!

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Parceria!

Nossa primeiríssima parceria Editorial!



A Editora Bookess aprovou o nosso pedido de parceria e aqui estou fazendo esse pronunciamento! Mais feliz impossível! E ela tem um perfil interessante que quotarei de seu site, pois ela explica de maneira muito melhor que eu a qualidade de seu serviço:

Bookess é uma editora e uma biblioteca. É o lugar para criar seu próprio livro ou distribuí-lo em nível mundial, sem restrições e gratuitamente. O Bookess foi criado com o objetivo de proporcionar uma boa leitura em qualquer lugar que você esteja: em sua casa, em seu escritório, no hotel em um fim de semana, enfim, onde você estiver desde que haja uma conexão com a Internet.


E além disso, você pode ir publicando a sua história, enquanto outros a lêem e comentam com você! Você pode mudar os rumos de acordo com o público e depois publicar e divulgar, vender, tudo apenas cadastrando-se como usuário do site.

Eu estou amando a parceria e logo, logo, já haverá uma resenha de um livro no blog. Para acessar é só clicar no banner deste post, ou no que está lindamente na lateral do blog.