Dexter Mayhew e Emma Morley se conheceram em 1988. Ambos sabem que no dia seguinte, após a formatura na universidade, deverão trilhar caminhos diferentes. Mas, depois de apenas um dia juntos, não conseguem parar de pensar um no outro. Os anos se passam e Dex e Em levam vidas isoladas - vidas muito diferentes daquelas que eles sonhavam ter. Porém, incapazes de esquecer o sentimento muito especial que os arrebatou naquela primeira noite, surge uma extraordinária relação entre os dois. Ao longo dos vinte anos seguintes, flashes do relacionamento deles são narrados, um por ano, todos no mesmo dia: 15 de julho. Dexter e Emma enfrentam disputas e brigas, esperanças e oportunidades perdidas, risos e lágrimas. E, conforme o verdadeiro significado desse dia crucial é desvendado, eles precisam acertar contas com a essência do amor e da própria vida.
"Não importa o que aconteça amanhã. Nós temos o hoje."
Ano passado, foi um ano de grandes novidades literárias, impulsionadas também por um grande boom literário na blogosfera. Em meio a todos os livros lançados aqui no Brasil, dois se destacaram muito: a trilogia “Jogos Vorazes” – que está chegando aos cinemas ao final deste mês – e o livro “Um dia” de David Nichols que se tornou uma versão cinematográfica com Anne Hathaway e Jim Sturgess. As opiniões se dividiram entre ambos ao opinarem qual foi o melhor livro do ano, mas não vi uma lista em que os dois não estivessem. Jogos já teve o primeiro livro resenhado aqui, e essa semana eu terminei de ler Um Dia (que ganhei no meu aniversário).
Eu juro que pensei que a leitura seria ao estilo de Sparks, porque vi todos falando das lágrimas derramadas ao final. Porém, nem todas as resenhas e críticas a respeito foram capazes de me preparar para o impacto que a história teve sobre mim. A premissa é muito interessante: é a história de Emma Morley e Dexter Mayhew, jovens que se conhecem na festa de formatura de sua turma da faculdade, e passam uma noite diferente e capaz de criar uma relação muito forte e inesquecível entre os dois. Se tornam amigos sinceros e para todas as horas. Porém, desvendamos a história deles através de capítulos que se passam num mesmo dia, o dia 15 de julho – ou Dia de São Swithin. Cada capítulo é um ano, onde vemos os personagens viverem, mudarem, amarem e desamarem, brigaram e se reconciliarem. E isso é um enorme diferencial para a história.
Ao olharmos a capa da edição atual (aquela acima!), pensamos ser um romance. Porém o livro vai muito além do romance. A história é sobre vida e suas armadilhas. Se vocês forem ver o meu histórico de leitura no skoob (eu ainda tenho que aprender a fazer aquilo decentemente), irão ver que eu me deprimi num determinado momento. Venho esclarecer que por alguns capítulos eu me identifiquei tão profundamente com Emma, que isso passou a me incomodar muito. Por outro lado eu tinha uma vontade louca de socar a cabeça do Dexter num parede por sua imaturidade. Todavia, a vida ensina de inúmeras maneiras, e vemos ambos amadurecerem de maneiras diferentes. O final do livro é impactante e ressalta que tudo é muito mais do que se imagina pela capa. Ao ler as últimas linhas, posso dizer que seu coração está pequenininho no peito e você se sente quase órfã das personagens. Você se acostuma a ver suas confusões, suas intimidades... Mesmo que de ano em ano.
Nichols consegue realizar uma reflexão a respeito da VIDA, como nunca tinha lido até agora. Colocando um dia a cada ano, uma lente de aumento nas histórias de Em e Dex, separadamente ou juntos; Suas perdas, anseios, frustrações, decisões, escolhas e paixões. E nos emociona com um relato que não é sentimental. Por vezes, é até tão seco que nos choca. E isso não é uma crítica, pois tudo é necessário para que possamos apreender a essencia do nos é contado. Acho que vai ser muito difícil, alguma outra leitura ir de encontro para mim da maneira como Um Dia foi. Favoritei, sem dúvida.
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