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quinta-feira, 29 de março de 2012

[Book Tour] Terra Ardente - Janice Diniz


Karen tem má fama na cidade. Envolvida com corridas de cavalo, dívidas que podem levá-la à falência e uma vida afetiva que segue a regra dos três encontros e nunca mais, ela não pode fracassar. No seu encalço, dois fazendeiros ambicionando tomarem-lhe a propriedade. Com a vida em risco e sozinha num lugar hostil, ela tenta sobreviver e cuidar da avó e do filho. Se for preciso, seduzirá o delegado de polícia de Matarana para protegê-la – um caubói da lei que se comporta como um xerife durão do velho-oeste americano. Mas Karen não é a única mulher em apuros. A jornalista Nova Monteiro investiga um latifundiário suspeito de aliciar trabalhadores. Abandonou o sudeste para ficar ao lado do homem que ama desde a infância. Um amor que tem tudo para não se concretizar. O que Nova não sabe, porém, é que, segundo boatos, a chuva de cinzas na estação do estio não é somente das queimadas, mas também dos corpos dos forasteiros que se metem com os poderosos da região. Assim, ela faz duas descobertas: que luta pela causa errada e que o amor verdadeiro é um sentimento bruto que pode nascer do medo. Matarana, a cidade das aparências, onde nem sempre o mocinho é bom e o vilão, mau. Um faroeste moderno com mulheres fortes, homens destemidos, pistoleiros, matadores de aluguel e paixões devastadoras. A humanidade posta à prova em situações-limite.



"Sabe, doutor, o patrão uma vez me disse uma coisa sobre o povo desta cidade que descreve direitinho como as coisas são por aqui. Ele disse que Matarana é um vespeiro envenenado. Só que quando a gente é picado não morre por causa do ferrão; a gente se torna outra vespa e passa a também espalhar o veneno."



Primeiro book tour do Mundo-Sa não poderia ter sido melhor. O livro de Janice Diniz é maravilhoso em todos os sentidos. Juntando o que há de melhor do country americano com o jeitinho brasileiro de ser, nasceu Terra Ardente. Um livro que apesar dos diversos personagens, o mais importante não é uma pessoa, e sim, uma cidade: Matarana.

Fundada por sulistas em busca de um lugar ao Sol e incrustada no meio do cerrado brasileiro, Matarana é um lugar diferenciado. Apesar de ser um lugar onde latifundiários acabaram se tornando grandes senhores com poderes de vida, morte e exílio (qualquer coincidência é mera realidade hehe), seus moradores tomam chimarrão nas horas vagas e adoram curtir um country ao anoitecer. Pistoleiros estão por toda parte, prontos para matar ou morrer por seus patrões. Um lugar digno de faroeste americano, criado por uma mente criativa e original.

Cada personagem dessa cidade tem uma característica que o torna marcante. Karen é uma mulher macho sim senhor! Completamente diferente das mulheres normais e inseguras, ela conquista o leitor pelo seu jeito rude, disputando corridas de cavalos com homens e transando com quem lhe der na telha a hora que assim lhe convier, apesar de ser a amante do segundo principal coronel da região, Thales Dolejal. Ela é uma mulher forte, que não suporta demonstrar fraqueza, mas que se encontra em perigo por determinados eventos que marcarão a história do livro (e que por isso não contarei aqui para aguçar a sua curiosidade =D ). Mas, não se dá por vencida e segue a risca o seu objetivo de viver acima de qualquer regra que não seja a sua, criando seu filho Jonnhy e cuidando da sua avó Ninita, uma senhora muito diferente do tradicional (vulgo maluquinha demais).

Como Matarana é um lugar em que mulheres se moldam ao ambiente, outra que se destaca é Nova Monteiro. Tida como mais forasteira que os demais (por ter vindo de BH bem recentemente), ela é uma jornalista atrás de encrenca. Disposta a denunciar as atrocidades cometidas pelos grandes latifundiários Mataranense, se coloca em perigo o tempo todo, deixando o seu melhor amigo (o médico Cris) e o delegado da cidade (Rodrigo Malverde) de cabelos em pé. Idealista e romântica ao extremo, acredita que o amigo é o amor da sua vida, porém sofre pelo jeito frio e passivo que ele a trata. Ao ser contratada por Dolejal para trabalhar para ele, recebe a proteção de um dos pistoleiros do coronel que mais teme.

Franco, entra na trama como o diabo loiro, braço direito do segundo homem mais poderoso da região, que vai crescendo na história. A autora me falou que ela se apegou a ele e, inicialmente não iria ter muita história, porém a personagem foi crescendo, ultrapassando todos as expectativas dela e roubando todas as cenas da história (isso é opinião pessoal rsrsrs). Confesso que terminei a leitura querendo (pedindo, precisando de) um Franco para mim... E quem ler vai entender bem por que...

Com uma escrita impecável e brasileiríssima, numa edição bem cuidada e bem revisada, uma capa deslumbrante (que para mim, o cowboy da capa é o maravilhoso do Franco) a sombra, Janice Diniz nos encanta com uma história em que não existem extremos de vilões e mocinhos. Todos possuem um pouco de tudo para sobreviver. Vale ressaltar que o livro faz parte de uma série, porém, ao contrário de muitas sagas, o livro tem um início, um meio e um fim. Acho então, que a autora deve manter a fórmula (que está dando certo) nos outros dois próximos. E eu super recomendo a todos, que se contagiem com o veneno inebriante e seco proveniente do cerrado.


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