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segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Desabafos e outras formas de reflexões #2: Escrita


Todo mundo já falou o que é a escrita e expressou isso em diversos conceitos dos simples aos metafóricos: Escrita é um arte, é um sacrifício, é morrer, é dar vida a outras pessoas, é libertar-se, é recriar-se, é dar asas a imaginação, é um trabalho, é diversão, e por aí vai. E o mais interessante disso tudo é que todas as respostas para a pergunta a respeito dessa ação por mais paradoxais que sejam é plenamente correta.

Quando a gente decide escrever alguma coisa – qualquer coisa que seja – lidamos com uma série de questões que vai muito além do simples ato. Primeiro, quem nunca enfrentou um bloqueio? É impressionante como é só sentar na frente do computador ou estar com um papel e caneta na mão pronto para colocar suas ideias quando – PUF – a sua mente formata. Isso aí? O chamado “deu branco” é um inferno! Tudo some e você não consegue escrever uma linha que preste. Tudo o que você tinha até então já era, se perdeu no fundo da sua cachola sem deixar endereço. Agora repara bem, é só você deitar para dormir, que o mundo ali dentro da cabeça se abre para a criatividade. Histórias e textos completos e lindos são montados de forma complexa e num português que dá vontade de chorar. Aí, penso: “Se eu correr, eu consigo colocar isso tudo num papel/pc/ gravador de voz do celular”. Mera ilusão. Das duas uma: Ou eu tenho que aproveitar meu inconsciente que é mais criativo, ou eu tenho que deixar meu notebook ligado a noite inteira para a mente esvaziar tão completamente.

Existem outras situações como essas, por exemplo, tomar banho. O momento é um dos menos oportunos para uma ideia aparecer, mas é o que mais ocorre. E no final do banho ela escorre para o ralo junto com todas as impurezas do corpo lavadas e você quando volta para escrever não tem mais nada. Ainda há situações mais graves, o bloqueio total e irrestrito, você simplesmente não consegue formular uma frase coerente mesmo querendo muito. É triste, você chora, esperneia, se força, mas nada acontece. Não se preocupe, todos os maiores escritores do mundo já passaram por isso. O problema é que eles podiam ter musas inspiradoras, e nem sempre artigos científicos podem ser inspirados por uma nova paixão... Mas... já é um consolo saber que Shakespeare já passou por tudo isso.
Além do bloqueio também existe o problema oposto. Sim! O excesso de ideias também causa complicações. É como um trânsito, em que os assuntos se algomeram querendo descer por um único canal que são seus dedos – para um computador ou caderno.

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