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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

O Herói Perdido - Rick Riordan



Depois de salvar o Olimpo do maligno titã Cronos, Percy Jackson e seus amigos trabalharam duro para reconstruir seu mais querido refúgio, o Acampamento Meio-Sangue. É lá que a próxima geração de semideuses terá de se preparar para enfrentar uma nova e aterrorizante profecia. Uma mensagem que pode se referir a qualquer um deles: "Sete meios-sangues responderão ao chamado. Em tempestade ou fogo, o mundo terá acabado. Um juramento a manter com um alento final, E inimigos com armas às Portas da Morte afinal." Os campistas seguirão firmes na inevitável jornada, mas, para sobreviver, precisarão contar com a ajuda de alguns heróis, digamos, um pouco mais experientes — semideuses dos quais todos já ouvimos falar... e muito.



Todo fã de saga tem medo quando após o término perfeito de uma, o autor decide escrever uma continuação. É fato que nós como leitores ficamos divididos com relação ao assunto: De um lado, pulamos de alegria e comemoração! Afinal, MAIS LIVROS e MAIS TEMPO com seus personagens favoritos. Por outro lado, fica aquele medo da história se perder no sucesso e acabar decepcionando.

Quando eu vi que a saga do Percy Jackson teria uma continuação, a sensação foi exatamente essa descrita acima. Alegria e receio misturados de tão forma que demorei a pegá-los para ler. Finalmente, nesse carnaval (que foi mega produtivo literariamente), eu comecei e fiquei completamente viciada, surtada, e, como não?, aliviada. Em nenhum momento, Riordan desaponta seus fãs, nem quando ao começarmos a leitura percebemos que Percy está desaparecido e somos apresentados a novos semideuses.

Jason acorda desmemoriado em pleno Grand Canyon. Ele não consegue lembrar de absolutamente nada e muito menos de ter um grande melhor amigo hiperativo, Leo, e de ter uma namorada, Piper. Nesse passeio, demônios atacam e a declaração de que eles são semideuses, não causa nenhum estranhamento em Jason que tem poderes grandes para um novato. Sabemos que sua memória foi roubada e para reavê-la e salvar a deusa Hera - mulher de Zeus - e o Olimpo, devem ir numa missão arriscada contra uma força muito mais poderosa que os Titãs da saga passada.

Várias novidades surgem nesse novo capítulo da história dos Olimpianos. Primeiro que temos por protagonista uma filha de Afrodite - Piper - e um filho de Hefesto - Leo. Além disso, somos apresentados a mitologia romana, quando descobrimos que Jason é filho de Júpiter - versão romana de Zeus. Riordan escreve com absoluta clareza a ligação entre as mitologias e principalmente as diferenças entre cada uma divindade e povo. Também descobrimos que gregos e romanos tem uma inimizade natural que deve ser posta abaixo para salvar o mundo.

A linguagem utilizada continua sendo de fácil acesso. Só que, dessa vez, cada capítulo é um POV (ponto-de-vista) de um semideus em questão, uma sacada maravilhosa que nos aproxima ainda mais das personagens criadas por Riordan. O Leo é o consenso entre os fãs, como o personagem mais legal já criado - depois do próprio Percy, porém para mim, a identificação foi imediata com a Piper. Jason divide opiniões por seu senso de liderança. Nessa aventura, novos deuses são apresentados aos leitores como Bóreas, Quione e Éolo, além de outros personagens mitológicos famosos como o Rei Midas.

O livro é uma delícia de se ler. Super recomendo a todos de todas as idades. Vale a pena!!!

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Cidade das Cinzas - Cassandra Clare


Clary Fray só queria que sua vida voltasse ao normal. Mas o que é “normal” quando você é uma Caçadora de Sombras assassina de demônios, sua mãe está em um coma magicamente induzido e você de repente descobre que criaturas como lobisomens, vampiros e fadas realmente existem? Se Clary deixasse o mundo dos Caçadores de Sombras para trás, isso significaria mais tempo com o melhor amigo, Simon, que está se tornando mais do que só isso. Mas o mundo dos Caçadores não está disposto a abrir mão de Clary — especialmente o belo e irritante Jace, que por acaso ela descobriu ser seu irmão. E a única chance de salvar a mãe dos dois parece ser encontrar o perverso ex-Caçador de Sombras Valentim, que com certeza é louco, mau... e também o pai de Clary e Jace. Para complicar ainda mais, alguém na cidade de Nova York está matando jovens do Submundo. Será que Valentim está por trás dessas mortes? E se sim, qual é o seu objetivo? Quando o segundo dos Instrumentos Mortais, a Espada da Alma, é roubada, a aterrorizante Inquisidora chega ao Instituto para investigar — e suas suspeitas caem diretamente sobre Jace. Como Clary pode impedir os planos malignos de Valentim se Jace está disposto a trair tudo aquilo em que acredita para ajudar o pai? Nessa sequência de tirar o fôlego da série Os Instrumentos Mortais, Cassandra Clare atrai os leitores de volta para o lado mais obscuro do submundo de Nova York, onde amar nunca é seguro e o poder se torna a mais mortal das tentações.



A continuação de Cidade dos Ossos foi simplesmente perfeita. Não existe outro adjetivo possível para esse livro. Li em apenas dois dias e demorei tanto assim porque comecei pela internet, depois uma amiga me emprestou até o meu chegar... A saga em si é sensacional e esse momento intermediário da trilogia foi escrito de maneira clara como a primeira e com muita ação. Nenhum aspecto foi ignorado. Tem momentos cômicos, tem romance e tem aqueles momentos que te deixam sem ar e sem poder parar.

A história continua alguns dias depois dos últimos eventos do primeiro livro. Valentim havia fugido com o Cálice Mortal e não querendo apenas isso, volta em busca do segundo Instrumento Mortal – A Espada da Alma – que além de certificar que o Nephilim diz a verdade é capaz de invocar inúmeros demônios para a dimensão do real. Além disso, o vilão transforma a vida de Clary e Jace num inferno sem fim, afinal a circunstância de filhos de Valentim não é uma marca agradável e o fato de serem irmãos transforma a paixão dos dois em algo impossível de acontecer.

Um novo personagem é introduzido na trama: a Inquisidora. Uma Nephilim que teve a vida arruinada durante a Ascensão, quando seu filho foi morto por lutar pelo Ciclo e sua nora grávida se matou de infelicidade. O ódio que essa senhora tem de Valentim é intenso e a transforma em alguém implacável e gélida ao lidar com a suspeita de que Jace havia ajudado o pai durante todos esses anos e que estaria apoiando sua luta contra a Clave. É uma personagem que te dá ódio no decorrer de todo o livro e que, ao mesmo tempo, te dá pena por conseguir entender o motivo de tanta raiva.

Cassandra Clare escreve de uma forma interessante. Ela consegue descrever os momentos de luta com habilidade, e também consegue expressar os sentimentos de cada personagem intensamente. Na literatura estrangeira, poluída por 50 tons de cinza, a autora cria um casal de muita profundidade. Você é quase forçado a aceitar o incesto tamanha pureza e grandiosidade do sentimento que os une. E a direção que ela toma é arriscada, contudo Clare sai bem sucedida ao criar também um ship gay – Alec e Magnus – de forma sutil e bem delicada. Sem forçar barra.

Super indico essa leitura para qualquer pessoa de qualquer idade.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Devil May Cry



Devil May Cry, esse nome lhe faz lembrar de um sujeito de cabelos brancos e sobretudo vermelho com um inexplicável vício por pizza e sunday de morango. Contudo, não dessa vez. O reboot da franquia do caçador de demônios causou muita polêmica, trazendo um Dante  de cabelos negros e visual punk completamente diferente do Dante que conhecíamos, mas essa não é a única mudança que o game apresenta... Mas vamos falar sobre isso depois.

Com essa nova roupagem a trama em si também é completamente nova. Tudo começa quando Mundus e Sparda, dois demônios poderosíssimos se estabelecem na terra com o plano de controlar o mundo e escravizar a raça humana. Sparda, contudo, se apaixona por uma mulher-anjo e juntos acabam tendo dois filhos... Dante e Vergil, dois Nephillins, os únicos seres capazes de derrotar o rei demônio, e também tio deles. No entanto, Dante desconhece seu passado, sua infância, assim como a existência de seu irmão, mas ele não é o único a não saber sobre Vergil, Mundus também acredita ser Dante o único Nephillim com quem deve se preocupar.

Neste reboot tão controverso, Dante possui o visual diferente, mas não só isso, ele tem uma personalidade diferente também, o novo Dante é mais rebelde e selvagem, vivendo sem regras, tentando não enlouquecer, por isso se afoga nas bebidas e na lascívia lutando contra si mesmo, contra sua natureza e contra demônios que o caçam pela terra.

Minha opinião sobre isso é: gostei demais... Essa nova roupagem traz um Dante mais humano (apesar da natureza anjo-demônio, diferente do antigo Dante, que era metade homem, metade demônio.), sendo o protagonista uma metáfora que representa os humanos. Todos temos um lado mal e outro bondoso, cabe a nós decidir qual lado seguir, assim como Dante. As soluções arrumadas pela personagem para enfrentar a vida são também parecidas com algumas que certos homens e mulheres tomam, decisões erradas, porém a todos é dado a chance de lutar contra isso, a chance de redenção. Essa natureza extremamente humana da personagem é um fator importante para criar um elo entre o jogador e o protagonista, fator essencial pra fazer um jogo cair no gosto do público.

Outra coisa muito importante é a jogabilidade, e isso Devil May Cry tem e muito. A sua disposição está um verdadeiro arsenal, nele você pode encontrar desde Espadas, Machados à Pistolas. Logo você pode combinar vários golpes de inúmeras armas, criando várias sequências distintas que podem destruir seus oponentes. Você tem que ser esperto pra criar essas combinações, pois cada inimigo reage de maneira diferente, tem habilidades diferentes... Existem inimigos que só sofrem sobre ataque de armas de fogo, outros, sobre armas de gelo, e muitos vezes esses dois tipos de monstros diferentes aparecem ao mesmo tempo fazendo-o ter que se virar nos trinta pra poder destruí-los!

Além das lutas também há o cenário que lhe impõe vários desafios para cruzá-lo, suas armas também servem para se mover pelo ambiente,  servindo de gancho entre outras coisas.

Acho que já falei o suficiente sobre o jogo, pincelando as principais característica e dando uma sinopse a respeito da história. Agora vocês devem decidir se vale a pena ou não jogar esse título de sucesso.

Por Lohan Nobre 

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

A Batalha do Apocalipse - Eduardo Spohr


"A espada não vive sem o querubim e o querubim não vive sem espada"


Após a criação do Universo, Deus se retirou para o Monte Tsafon e lá repousou, esse longo período que dura até os dias de hoje foi chamado de "O Sétimo Dia", na ausência do Altíssimo fica a cargo dos Arcanjos guiar a humanidade e governarem no céu até que chegue o dia do ajuste de contas quando Deus despertará para julgar os ímpios e recompensar os justos, o dia do Apocalipse.

Contudo, Miguel, o Principe dos Anjos, movido por inveja e odio pela humanidade orquestra inúmeros massacres contra os mortais na intenção de aniquilá-los. Indignado e movido pela honra, Ablon, o Primeiro General se rebela contra os atos genocidas de seu monarca, iniciando a primeira insurreição no palco celeste, mas, ao confiar na Estrela da Manhã, Lúcifer, fora traído e teve sua rebelião delatada, assim Ablon e seus seguidores foram banidos, amaldiçoados a vagar pela Terra até que tenha chegado o fim dos tempos...



***

Olá pessoal, estou outra vez aqui trazendo mais um pouco da cultura nerd, então agora que já leram a sinopse queria dar minha opinião a respeito dessa obra que já é um sucesso de vendas, a bola da vez é "A Batalha do Apocalipse", e quero deixar claro que ainda não terminei de ler o livro e nem se eu quisesse poderia deixar algum spoiler escapar, então vamos lá!

O livro é de autoria de Eduardo Spohr, sim, é um brasileiro... Não se surprenda nem sucumba ao ceticismo, é uma obra de fantasia sem igual entre os livros nacionais, nela acompanharemos desde a queda de Lúcifer ao Dia do Juízo Final (e não é o juízo que a mamãe manda ter no carnaval), levando uma temática religiosa ele aborda seres que sempre causam curiosidade em nós, mesmo naqueles que não acreditam, os Anjos e Demônios (não lembrou o livro não né?kkkk), então prosseguindo... A história narrada leva você a muitos lugares históricos como a Babilônia, a Muralha da China, entre outras localidades super interessantes, tudo isso seguindo os passos de Ablon, o renegado, que por sua vez é personagem de peso, apesar de sua estrutura imutável explicada por ele mesmo, o Primeiro General é um Querubim, casta de anjos guerreiros, e ao contrário dos homens que possuem livre-arbítrio ele está fadado a seguir sua natureza, os princípios e instintos de um soldado, que tornam ele um herói sem igual. Outra característica do livro é a presença de um estilo que lembra rpg (um tipo de game) ou mesmo animes, isso torna tudo mais épico ainda, e pode-se esperar lutas cinematográficas de ponta.

Acho que já falei o suficiente para vocês terem uma idéia do que os espera caso tenha vontade de ler essa obra... Se vale a pena? Muitíssimo! 

Por Lohan Nobre