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sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

[Resenha] A Livraria 24 horas do Mr.Penumbra - Robin Sloan


A recessão econômica obriga Clay Jannon, um web-designer desempregado, a aceitar trabalho em uma livraria 24 horas. A livraria do Mr. Penumbra — um homenzinho estranho com cara de gnomo. Tão singular quanto seu proprietário é a livraria onde só um pequeno grupo de clientes aparece. E sempre que aparece é para se enfurnar, junto do proprietário, nos cantos mais obscuros da loja, e apreciar um misterioso conjunto de livros a que Clay Jannon foi proibido de ler. Mas Jannon é curioso…


Como resenhar esse livro sem spoilear???

Muito difícil.

Vou contar então uma experiência bem pessoal minha, como leitora, com relação a ele: Sabe quando o livro te chama atenção? Pois bem, esse foi o caso. Dentre todos os lançamentos da Editora Novo Conceito, nunca esperei tanto pela chegada do Correios quanto o momento que eu esperei por esse livrinho. Não me pergunte o por quê. Eu não sei o motivo para tal animação. Não sei se foi a capa que é estilosa mostrando como deveria ser a vitrine da Livraria em questão, ou se foi o nome do dono da livraria. Ou ainda se foi a sinopse que invoca a curiosidade. O que eu sei é que quando o livro chegou a minha casa, a leitura foi imediata. (apesar da resenha não... /va)

O livro é simples, a história é única, os personagens são reais e o público a quem é direcionado é o nerd. Ou seja, tem tudo pra dar certo comigo e foi o que aconteceu. No auge da minha nerdice e da minha paixão por literatura, "A Livraria 24 horas do Mr. Penumbra" foi um encanto. Amei cada momento da leitura, cada reviravolta da história, cada grão conspirativo e a resolução final. Ou seja, eu curti tudo do livro. Absolutamente tudo. E demorei tanto para postar a resenha, porque eu não sabia como explicar o que havia me chamado mais atenção. Como explicar um livro que te ganhou, mas que não tem muita coisa de especial? Foi então que eu pensei: O que mais chama atenção nesse livro é a metalinguagem. Em todo momento, se percebe o quanto a história nada mais é do que falar dela mesma. É a paixão pela leitura que motiva o leitor, então por que não utilizá-la como motivação da história. Mesmo com toda a citação a tecnologia da Google, dos computadores, da engenharia a essência principal é o LIVRO e nossa paixão por ele. E como plano superficial, temos o web-designer Clay Jannon descobrindo, junto com os amigos melhores de vida que ele (porém tão nerds quanto), uma enorme seita literária em busca da imortalidade.

Eu pensava que o autor desse livro fosse um engenheiro da computação ou algo ligado a tecnologias pelo conhecimento de termos e questões que só alguém da área o teria. Na verdade, o escritor é ex-gerente de mídia do Twitter e antigo estrategista online da Current TV. De certa forma, não estava enganada. Porém, em uma matéria para o Folha de São Paulo, Sloan demonstra não ser tão aficcionado assim por tecnologia. Ele faz anotações em blocos de papéis e usa um modelo de celular antigo. E ainda disse que a tecnologia estava atrapalhando sua produção, portanto decidiu reduzir sua utilização. Engraçado ver isso acontecendo com alguém que trabalhou na área e que escrevia um livro citando os mais variados e modernos gadgets e softwares.

Apenas uma crítica: Não curti muito o fato de que tudo foi bem traduzido menos o "Mr.", teria ficado tão bom quanto se na tradução o mister tivesse virado Sr. Tipo, se existe como traduzir sem maiores problemas ou perdas, porque não o fazer? E foi isso que eu não curti tanto no livro. Achei que não precisava ter mantido isso que não foi só na capa, mas na história inteira. Um errinho de revisão...

Não sei se conseguir resumir ou resenhar a minha reação para com essa leitura. A verdade é que eu curti demais a leitura direcionada a todos os nerds que gostam de se divertir e, principalmente, àqueles que adoram um boa e bem-humorada leitura.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

[Resenha] Eu sou o número Quatro - Pittacus Lore


"Nove de nós vieram para cá. Somos parecidos com vocês. Falamos como vocês. Vivemos entre vocês. Mas não somos vocês. Temos poderes que vocês apenas sonham ter. Somos mais fortes e mais rápidos que qualquer coisa que já viram. Somos os super-heróis que vocês idolatram nos filmes e nos quadrinhos — mas somos reais. Nosso plano era crescer, treinar, ser mais poderosos e nos tornar apenas um, e então combatê-los. Mas eles nos encontraram antes. E começaram a nos caçar. Agora, todos nós estamos fugindo. O Número Um foi capturado na Malásia. O Número Dois, na Inglaterra. E o Número Três, no Quênia. Eu sou o Número Quatro. Eu sou o próximo.



"Eu sou o número quatro" é o primeiro volume de um saga chamada Os Legados de Lorien, publicados no Brasil pela editora Intrínseca. No total são quatro livros da saga narrada pelo ancião mais importante do planeta Lorien, Pittacus Lore (pseudônimo de James Frey e Jobie Hughes), sem contar quatro livros complementares, adicionais ou extras (como queiram chamar...) Todos os livros já foram lançados no Brasil sendo o mais recente "A Queda dos cinco".

Porém, deixando um pouco de lado a questão estrutural da saga, eu apenas comecei a ler a série recentemente, apesar de ter o livro desde a época do filme (que também não vi ainda! /va). Peguei o danado da minha estante depois de uma crise de abstinência por mais de Filhos do Éden e não dava muito pela leitura. Tudo começa pela morte do número Três, e aí nos é apresentado John Smith, nome adotado pelo protagonista - o número Quatro. Ele foi enviado a Terra com mais Oito crianças do planeta Lorien, como uma esperança ao seu planeta destruído pela raça dos Mogadorianos, que destroem os planetas por onde passam a fim de sanar sua necessidade de recursos naturais. Essas crianças são enviadas a Terra, cada um com seu protetor, a fim de desenvolver seus poderes (os chamados Legados) e poderem voltar ao planeta da onde vieram. O problema? Os vilões sugaram todo o planeta Lorien e rumaram para um novo: a Terra. E precisam matar cada um dos lorienos presentes a fim de não encontrar mais resistência. Porém, devido a uma magia loriena, os legados só poderão ser mortos na ordem de seus números. O que coloca John Smith na reta já que ele é o próximo da lista.

Apesar da enorme quantidade de informação que possivelmente ficou confusa por aqui (desculpe-me por isso), o livro é fino e começa de forma devagar explicando a mitologia da história e cada um dos personagens desse primeiro volume. Porém, não demora muito para o leitor se envolver na trama e começar a ficar nervoso pela sina dos lorienos. Eu confesso que eu terminei o livro em dois dias porque eu não conseguia largar o danado, precisando saber como ia terminar: Se o quatro escaparia, se os outros apareceriam e por aí vai. Como coloquei ele pode começar devagar, mas o ritmo vai aumentando e o final é explosivo. Confesso que uma lágrima queria descer dos meus olhos na reta final, mas estava em um estabelecimento público, então engoli a vontade e tentei terminar a história sem demonstrar emoção.

Foi uma grata surpresa que me fez ter vontade de ver o filme. Muitos falaram que a versão cinematográfica foi muito ruim e tal, o que eu até acredito, mas fiquei curiosa de saber como eles transpassaram a história para a telona. Além de ter a Dianna Agron diva, estrelando o que dá uma motivação a mais... Fica a dica para aqueles que curtem um bom livro com personagens bem criados e numa narrativa de perder o fôlego. Eu curti bastante!!!

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

[Novidades] Editora Arqueiro e Saída de Emergência - Possíveis presentes de natal!

O que dar ou pedir de presente de Natal? A resposta é muito simples e rápida para mim: LIVROS!
E para ajudar nessa missão, aqui vai as grandes novidades da Editora Arqueiro, Sextante e do novo selo Saída de Emergência no Brasil! Espero que gostem da postagem e a utilizem como guia de presentes.

Dia 07/01/14 lança a continuação que eu estou super esperando que é Mago Mestre!!! A Continuação do livro já resenhado aqui no blog Mago Aprendiz.


Outro lançamento da Saída de Emergência


E uma nova saga Young Adults da Arqueiro


E aí? Gostaram?
Eu adorei! Confesso que estou curtindo muito a chegada da Saída de Emergência! Meu estilo de livro... Adorando cada título escolhido e louca por todos!!!

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Almost Human: Pilot (1x01)


Confesso que quando soube de uma série de ficção científica exibida pela FOX e com J.J. Abrams na produção não me animou muito. Cancelamento precoce me parece um risco muito grande baseado em experiências passadas. Contudo, alguns nomes na produção relacionados a Fringe, assim como os protagonistas, decidi dar uma chance. Não me arrependi.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

[RESENHA] Mago: Aprendiz - Raymond E. Feist


Na fronteira do Reino das Ilhas existe uma vila tranquila chamada Crydee. É lá que vive Pug, um órfão franzino que sonha ser um guerreiro destemido ao serviço do rei. Mas a vida dá voltas e Pug acaba se tornando aprendiz do misterioso mago Kulgan. Nesse dia, o destino de dois mundos altera-se para sempre. Com sua coragem, Pug conquista um lugar na corte e no coração de uma princesa, mas subitamente a paz do reino é desfeita por misteriosos inimigos que devastam cidade após cidade. Ele, então, é arrastado para o conflito e, sem saber, inicia uma odisseia pelo desconhecido: terá de dominar os poderes inimagináveis de uma nova e estranha forma de magia… ou morrer. Mago é uma aventura sem igual, uma viagem por reinos distantes e ilhas misteriosas, onde conhecemos culturas exóticas, aprendemos a amar e descobrimos o verdadeiro valor da amizade. E, no fim, tudo será decidido na derradeira batalha entre as forças da Ordem e do Caos.




Primeiríssima publicação do novíssimo selo Saída de Emergência - parceira lusa da Editora Arqueiro - e especializado em fantasias e épico, Mago: Aprendiz, também é o pioneiro título de uma nova saga chamada Saga do Mago. No estilo J. R. R. Tolken, com a leitura entramos em contato com várias criaturas eternizadas por Tolken: anões, magos, elfos.

Tudo se desenvolve a partir da amizade entre Pug e Tomas, adolescentes de um ducado portuária do Reino chamada Crydee, vivendo a fase mais intensa da vida deles: a escolha - Um ritual ancestral em que os adolescentes são escolhidos como aprendizes pelos Mestres de Ofício da cidade perante o Duque e sua família. Tomas se torna aprendiz de soldado, enquanto Pug tem um destino inusitado e improvisado... se torna aprendiz de um Mago, Kulgan, conselheiro do duque. Contudo, um navio diferente surge na praia de Crydee e seus navegantes eram bem diferentes do que se tem por conhecido. A notícia de que eles eram de um outro mundo querendo tomar o território do Reino, assusta e envia uma grande caravana para avisar o Reino sobre os problemas iminentes. E embarcamos com eles, num aprendizado sobre os diferentes povos, inimigos, e sobre o território e política do Reino.

O livro é de aventura e é muito legal! Diferente dos livros do Tolken e do Martin, ele não é descritivo ao cansaço. Tem um ritmo próprio e mais dinâmico, embora esse primeiro seja bem uma apresentação dos personagens e de todos os elementos da história. Uma outra questão muito interessante é que a narrativa não se foca apenas na caravana, inicialmente talvez, porém com o passar dos acontecimentos, ele se abre em um leque com várias direções. Desse aspecto bom, surge uma pequena decepção. A sinopse e o título dão uma ideia do que vai ser a história, porém o desenvolver dela é diferente do proposto. Pensei que veria mais do Pug aprendendo a ser mago e desenvolvendo isso, porém não era essa a ideia. Ele não é o personagem principal... quer dizer... não existe apenas um protagonista, mas vários. Para mim, aquele que mais rouba a cena (digamos assim) é o Príncipe Arutha com sua coragem e jeitão dark.

A entrada desse selo foi por mim muito festejada já que AMO esse tipo de literatura! E o primeiro livro não podia ser outro. Vai vir de carona no sucesso de Guerra dos Tronos, mas sem o conteúdo adulto e com personagens bem criados. Super recomendo!

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Desabafos e outras formas de reflexões #2: Escrita


Todo mundo já falou o que é a escrita e expressou isso em diversos conceitos dos simples aos metafóricos: Escrita é um arte, é um sacrifício, é morrer, é dar vida a outras pessoas, é libertar-se, é recriar-se, é dar asas a imaginação, é um trabalho, é diversão, e por aí vai. E o mais interessante disso tudo é que todas as respostas para a pergunta a respeito dessa ação por mais paradoxais que sejam é plenamente correta.

Quando a gente decide escrever alguma coisa – qualquer coisa que seja – lidamos com uma série de questões que vai muito além do simples ato. Primeiro, quem nunca enfrentou um bloqueio? É impressionante como é só sentar na frente do computador ou estar com um papel e caneta na mão pronto para colocar suas ideias quando – PUF – a sua mente formata. Isso aí? O chamado “deu branco” é um inferno! Tudo some e você não consegue escrever uma linha que preste. Tudo o que você tinha até então já era, se perdeu no fundo da sua cachola sem deixar endereço. Agora repara bem, é só você deitar para dormir, que o mundo ali dentro da cabeça se abre para a criatividade. Histórias e textos completos e lindos são montados de forma complexa e num português que dá vontade de chorar. Aí, penso: “Se eu correr, eu consigo colocar isso tudo num papel/pc/ gravador de voz do celular”. Mera ilusão. Das duas uma: Ou eu tenho que aproveitar meu inconsciente que é mais criativo, ou eu tenho que deixar meu notebook ligado a noite inteira para a mente esvaziar tão completamente.

Existem outras situações como essas, por exemplo, tomar banho. O momento é um dos menos oportunos para uma ideia aparecer, mas é o que mais ocorre. E no final do banho ela escorre para o ralo junto com todas as impurezas do corpo lavadas e você quando volta para escrever não tem mais nada. Ainda há situações mais graves, o bloqueio total e irrestrito, você simplesmente não consegue formular uma frase coerente mesmo querendo muito. É triste, você chora, esperneia, se força, mas nada acontece. Não se preocupe, todos os maiores escritores do mundo já passaram por isso. O problema é que eles podiam ter musas inspiradoras, e nem sempre artigos científicos podem ser inspirados por uma nova paixão... Mas... já é um consolo saber que Shakespeare já passou por tudo isso.
Além do bloqueio também existe o problema oposto. Sim! O excesso de ideias também causa complicações. É como um trânsito, em que os assuntos se algomeram querendo descer por um único canal que são seus dedos – para um computador ou caderno.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

[Novidades] Editora Arqueiro e Sextante


Já estamos na reta final do ano e dois livros são os destaques até dezembro. Sessão de Terapia, livro baseado na série de TV do GNT que tem 9,5 milhões de espectadores e é dirigida por Selton Mello. Sucesso na TV, o cotidiano dramático de um psicólogo e seus pacientes ganha agora nova dimensão ao levar o leitor para o universo pessoal do terapeuta. Theo e tudo o que aconteceu com ele enquanto Júlia, Breno, Nina, João e Ana estavam em terapia.

Pela Sextante, a aposta é Maestria, de Robert Greene, é mais que indicado para os leitores de Malcolm Gladwell e mostra que qualquer um pode alcançar a excelência em 20 mil horas de estudo e prática.

Para a alegria dos fãs de uma boa história de espionagem, a Arqueiro traz Anjo Caído, terceiro livro de Daniel Silva publicado pela editora e protagonizado por Gabriel Allon.

Onde mora a coragem tem uma comovente história sobre o verdadeiro heroísmo, do autor Stanley Gordon West, que publicou sozinho e vendeu 40 mil livros de mão em mão antes de ser descoberto por uma editora.

O francês Pela luz dos olhos seus, de Janine Boissard, já vendeu mais de 300 mil exemplares e vai deixar o leitor com lágrimas nos olhos ao contar a história de Claudio, um tenor cego, e sua confidente, Laura.

Por fim, a Arqueiro lança uma nova edição do clássico Marcoré, vencedor do Prêmio de Romance da Academia Brasileira de Letras que estava há mais de 20 anos fora do mercado.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

[Proposta] Que tal um pouco dos clássicos mundiais?

Como um viciada em internet, percorro vários sites e participo de quase todas as redes sociais possíveis e existentes na world wide web. Como fã de literatura, tenho uma verdadeira fome por livros e aquele desejo desenfreado por mais um item em minha biblioteca e mais uma história para exercitar o meu cérebro. Tenho percebido uma enormidade de blogs criando maratonas de leituras abertas, do tipo cada um escolhe um livro de determinado tema, leia e faça uma resenha ou comente sobre ele. Isso é algo que me atrai, porém não estou podendo participar pela minha vida offline estar muito agitada com as novas rotinas de professora e agora, esposa (me casei faz um mês gente! - por isso a ausência de posts... eu era uma noiva neurótica... kkk). Contudo, estava eu refletido sobre minhas possíveis compras na Bienal do Livro aqui do RJ (EU VOU!) e enchendo meu kindle de ebooks, resolvi abrir uma sugestão de maratona diferente.

... Que tal um pouco dos clássicos?

Não Machado de Assis (apesar de gostar dele...), ou Aluísio Azevedo (eca!)... muito menos Augusto dos Anjos ou José de Alencar. Estou falando de clássicos da literatura mundial. Tipo Dostoiévsky, George Orwell, JúlioVerne e por que não as divas Agatha Christie e Jane Austen?

Eu não vou escolher livros para ninguém, nem estabelecer prazos já que a leitura desses geralmente é bem pesada e requer muita força de vontade e tempo... Mas é uma proposta que gostaria de discutir. Tenho sentido muita vontade de conhecer esses livros clássicos e já posso dizer que tive contatos com alguns (Orgulho e preconceito, Persuasão, O Morro dos Ventos Uivantes, por exemplo), mas existem muitos outros, doidos para serem lidos e que podem mostrar um prazer diferente ao mostrar sociedades diferentes e ideias por vezes semelhantes apesar da distância temporal.

Por isso, esse post. Você, leitor ou parceiro do blog, pode acompanhar a minha lista ou criar a sua própria e deixar por aqui em seu comentário ou um caminho para a sua resenha. Adoraria saber que não estarei só na minha empreitada!

Minha lista (pode sofrer alterações):

1984 – George Orwell

20 mil léguas submarinas – Julio Verne

A revolução dos Bichos – George Orwell

Crime e Castigo – Dostoiévsky

O retrato de Dorian Grey – Oscar Wilde

O caso dos 10 negrinhos – Agatha Christie

Razão e Sensibilidade – Jane Austen

Cai o pano – Sir Arthur Conan Doyle

O nome da rosa – Umberto Eco


Sugestões são sempre bem-vindas e comentários serão lidos e publicados com muita alegria.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

[RESENHA] Divergente- Veronica Roth


Numa Chicago futurista, a sociedade se divide em cinco facções – Abnegação, Amizade, Audácia, Franqueza e Erudição – e não pertencer a nenhuma facção é como ser invisível. Beatrice cresceu na Abnegação, mas o teste de aptidão por que passam todos os jovens aos 16 anos, numa grande cerimônia de iniciação que determina a que grupo querem se unir para passar o resto de suas vidas, revela que ela é, na verdade, uma divergente, não respondendo às simulações conforme o previsto.
A jovem deve então decidir entre ficar com sua família ou ser quem ela realmente é.

E acaba fazendo uma escolha que surpreende a todos, inclusive a ela mesma, e que terá desdobramentos sobre sua vida, seu coração e até mesmo sobre a sociedade supostamente ideal em que vive.



No embalo de uma das melhores sagas que eu já li (Jogos Vorazes de Suzanne Collins já resenhado aqui), Divergente, o livro de estréia de Veronica Roth, não fica atrás. Mantendo o estilo de um futuro distópico, em que trata a sua antecessora, ele trata a respeito de uma sociedade que após diversas tragédias decide se dividir por facções. Esses grupos são formados a partir do que se considera essencial a uma sociedade, assim formam-se 5 facções: Abnegação, Amizade, Audácia, Franqueza e Erudição. Cada uma determina suas relações, seu modo de vestir, de agir, suas prioridades e profissões. Tudo extremamente organizado para que a sociedade funcione autonomamente e não necessite de nada do lado de fora dos portões trancados e vigiados constantemente.

A história segue a vida de Beatrice Prior, filha de líderes da Abnegação. Seguindo o costume de sempre colocar os outros em primeiro lugar e nunca se apegar a valores egoístas como, por exemplo, a vaidade, ela se vê dividida entre duas opções: ficar com a família e ser dessa facção para sempre, ou escolher outra e nunca mais revê-los. As dúvidas tem um motivo, a proximidade do Dia da Escolha, em que ela e seu irmão Caleb deverão decidir o seu futuro escolhendo uma facção e aceitando a ideia de que esta vem antes do sangue pelo resto de suas vidas. Seguindo a linha dos romances distópicos, o uso da tecnologia é primordial e nesse caso, todos os jovens passam por um teste de aptidão, a partir de um soro com microtransmissores que irão provocar um sonho onde eles terão de se descobrir apto a algum dos grupos por suas decisões nos casos mostrados no teste. Contudo, algo dá errado e Beatrice se vê como uma DIVERGENTE, pessoa que tem um pensamento flexível e capaz de ser mais de uma facção ao mesmo tempo. Ela também é informada que ser divergente é perigoso, mas não há maiores explicações. A protagonista então se vê encurralada e tendo de amontoar segredos e entender o que ser divergente significa, enquanto passa por duras provas em sua facção de escolhas

Parece confuso pela minha escrita, mas eu tive que me demorar bastante até que toda a obra se assentasse na minha mente para escrever sobre ela. O livro é muito bom! Roth consegue criar uma nova sociedade que funciona bem como crítica a nossa atual, além de criar personagens tão humanos e capazes dos maiores erros e acertos assim como qualquer um de nós. A identificação ocorre, ao mesmo tempo, que você se vê engolido por toda a trama que vai crescendo e se intensificando até um final surpreendente e de tirar o fôlego. As críticas funcionam bem e estão disfarçadas num romance interessante e que me deixou completamente presa na leitura por dias, sem querer terminar, ao mesmo tempo que desejava ler o segundo da trilogia lançado este ano no Brasil pela editora Rocco.

Eu recomendo a leitura, para aqueles que curtem o estilo de Jogos Vorazes e para aqueles que curtem uma bom leitura que envolve ação e romance. Eu adorei de verdade!

sábado, 29 de junho de 2013

Filhos do Éden - Anjos da Morte (Resenha)



  A roda do tempo nunca para e a cada dia o mundo se encontra mais perto do Juízo Final, com o tecido da realidade se adensando exponencialmente a casta dos Malakins acabaram incapazes de observar o curso da humanidade e se viram obrigados a recrutar um grupo de anjos para servirem como seus olhos e ouvidos na Terra. Os exilados, como eram chamados os celestes que haviam se afastado das guerras angélicas, agora se viam impelidos a participar das guerras mundanas, e foi assim que antes anjos pacíficos passaram-se a ser  chamados de Anjos da Morte.

***

  Finalmente pude por as mãos em um exemplar do mais novo tomo escrito pelo surpreendente Eduardo Spohr e em questão de mais ou menos duas semanas terminei de ler. Acredito que poderia descrever esta obra em duas palavras: "profundamente rica".
  Há alguns meses o próprio Spohr comentou na minha resenha do "Filhos do Éden - Herdeiros de Atlântida" e em resposta eu havia dito que acreditava que "Anjos da Morte" teria uma atmosfera própria com relação aos títulos anteriores, só pra constar, não fui decepcionado.
   Bem, acho que já ta na hora de falar do livro em si, então vamos fazer o seguinte, preparem um suco, abram o pacote de seu biscoito preferido, senta e me sigam nessa viagem, ok?

***

  "Filhos do Éden - Anjos da Morte" é o segundo da série FdE (um spin-off de A Batalha do Apocalipse) e como já era de se esperar, um livro bem mais sombrio que seu antecessor, o que não surpreende muito pois é um fenômeno natural em qualquer série, principalmente trilogias, mas não tome isso como um ponto fraco ou indicação de que seja um livro previsível, muito pelo contrário.
  Pra quem leu os outros livros do "Spohrverso" sabe muito bem que ele lança mão de bastante flashbacks, e  com razão, para poder detalhar mais a trama além de explorar o universo tão bem arquitetado da série, contudo isso por vezes se tornou  irritante no livro "A Batalha do Apocalipse", fazendo com que muitas pessoas até parassem de ler, pois além de interromper o andamento excitante que permeava a história no tempo atual também eram longos demais (embora eu tenha entendido a razão disso no fim das contas). Já em "Herdeiros de Atlântida" os flashbacks se mostraram mais curtos e cirúrgicos, narrando partes estritamente importantes para a trama, com isso o livro teve um andamento mais fácil de ser apreciado e diria até mais dinâmico, seu revés entretanto foi que perdeu aquela tão característica aula de história que Eduardo costuma nos dar em suas obras. E foi então que ele resolveu ousar nesse ultimo titulo, "Anjos da Morte" ao contrário dos outros não tem flashbacks curtos nem longos, ele é "o flashback".
  O livro volta no tempo contando a história de Denyel durante o século XX quando ele atua como um anjo da morte (que da nome ao titulo), membro de um esquadrão sob as ordens dos Malakins com a missão de se infiltrar nas batalhas humanas e observar seu curso sem interferir utilizando seus poderes angélicos. Ou seja, agora quem toma o foco principal da obra é o flashback e não o tempo presente, mas por que Eduardo escolheu esse caminho?
  Vamos começar nossa análise. Quem leu o primeiro tomo de FdE sabe muito bem que Denyel era um sujeito bem corrompido, cheio de vícios, um anti-herói clássico, e apesar do clichê - que um dos personagens do livro o acusa de ser - nós gostamos pacas dele, e pelo menos para mim ele lembra muito o Wolverine em vários aspectos, e como nosso velho amigo de garras afiadas também correu o risco de se tornar um personagem infértil, tudo isso porque um personagem não pode permanecer estático, unidimensional, ele deve mudar, evoluir com o passar do tempo e Denyel sendo um clichê abulante somado com o fato dele ser um anjo e portanto imutável tendo que seguir a natureza de sua casta podia acabar não rendendo mais o que ele rendeu em "Herdeiros de Atlântida", fazendo com que nós não o aceitássemos tão bem nos próximos livros, tornando-o tedioso, portanto o que o nosso anjo aqui precisava era de profundidade, e por mais que a casta o limitasse, o autor teria que dar um jeito de encontrar uma brecha, não seguindo a risca essa ideia de que anjos são estáticos, até porque se eles fossem todos iguais não precisariam de nomes. Logo a solução encontrada por Spohr para isso foi utilizar da técnica character-driven. Não sabe o que é? Deixa que eu explico.
  Character-driven é quando uma história que se caracteriza por uma narrativa orbitando os passos de um personagem, deixando ele determinar o ritmo, o que não significa que ela tenha de ser em primeira pessoa. Exemplificando: a saga Percy Jackson e os Olimpianos ela é toda em primeira pessoa, ou seja, o narrador é o próprio personagem, contudo a história não é feita em character-driven, pois o foco da história não é o Percy, mas sim as missões, sendo cada livro dos cinco uma missão diferente, ficou fácil de entender? Espero que sim, pois não vou explicar de novo! kkkk.
  Então prosseguindo, Denyel tem agora a chance de ganhar profundidade e não se tornar apenas mais um personagem superficial, e que melhor maneira de fazer isso do que mostrando toda a jornada que o levou a degradação, revelando cada passo em direção ao abismo sem volta capaz de até mesmo esmagar a vontade de viver de um anjo, cada morte que transformou um guerreiro em um assassino? Pois foi isso que ocorreu a Denyel. Obrigado a cumprir as ordens de seu arconte, Sólon - O Primeiro dos Sete Malakins - Denyel teve  de lutar em cada guerra humana, tendo tomado parte desde a terrível Batalha de Somme aos combates da segunda guerra mundial. O anjo até mesmo participou da grande invasão da Normandia, o conhecido Dia D, onde as tropas aliadas começaram a ofensiva que mudaria o curso da guerra. E é justamente nesse ponto que tenho de ressaltar o grande trabalho feito por Spohr, foi seu grande retorno ao estilo que ele mesmo intitulou de "fantasia histórica", o trabalho de pesquisa feito por ele para que pudesse criar uma ambientação envolvente e verídica foi sensacional, ele dá novamente uma aula de história, e continua assim por todo o livro, nos chamando atenção para o que foi verdadeiramente o século XX, desde as músicas aos fatos que mudaram o mundo, como a queda do muro de Berlim e a Guerra do Vietnã! De certo modo eu acho que poderia dizer que a degradação do mundo também servia como reflexo do próprio Denyel.
  Desenganado com as causas celestes e forçado a cometer atos completamente desonrosos na Terra, aos poucos ele foi perdendo a força de vontade, apenas seguindo as ordens, acreditando que ele sozinho não seria capaz de mudar nada, se não fosse ele, outro assumiria seu lugar na missão de cometer aqueles crimes, como simples peças em um tabuleiro. Esse caminho por vezes é sem volta, mas se a fé pode mover montanhas será que pode também mudar o destino de um anjo da morte? Quem leu Herdeiros de Atlântida já tem essa resposta, para o resto cabe a missão de descobrir. O que evidencia o cuidado que Eduardo teve para que novos leitores pudessem comprar esse livro sem ter de obrigatoriamente ler o anterior, isso mesmo, pouquíssimos spoilers, você pode começar tanto com um quanto com outro e em nada irá afetar a experiência que você terá ao ler a série.
  Agora falando um pouco dos vilões, e serei direto, este livro não tem nenhum antagonista especifico, o pior inimigo são as situações, a vida e seus mistérios, a história tenta mostrar justamente isso, que as vezes fica difícil de se determinar quem está certo e quem está errado, quem é o mal e quem é o bem, a resposta está sempre no seu coração, e você só pode decidir por você mesmo, porque sempre se te a escolha.
  Mas contudo o livro não gira entorno somente de Denyel, temos também Kaira, Urakin e Ismael - um novo personagem - no tempo presente engajados na missão de caçar um dos anjos mais poderosos já vistos, O Primeiro Anjo, lider dos sentinelas, uma figura que ainda não podemos afirmar ser do bem ou do mal, o problema é que Kaira acaba por se desviar um pouco da missão para procurar Denyel, que se encontra perdido em algum lugar do universo ou de outro. Não tenho muito a falar dessa parte da história porque ai eu comprometeria muita coisa, prefiro continuar sem dar spoilers, mas tudo que posso dizer que haverá algumas ligações entre essa parte e os capítulos que se focam em Denyel, principalmente com relação a mistérios, existem muitos deles, de certo que esse livro deixa muitas pontas soltas, inclusive me faz repensar a respeito de A Batalha do Apocalipse.
  Outro ponto forte - e já vou falar dos pontos negativos - foi as ótimas referências que o livro possui, a aventura toma pra si um pouco do espirito de "O resgate do soldado Ryan", e pude também perceber (como Nerd que sou) um tom de Wolfenstein (um dos primeiros games de tiro para pc) e as vezes fico na duvida se isso foi proposital ou Eduardo nem mesmo faz ideia dessas refêrencias, prefiro acreditar que sim, mas seguindo em frente, também gostei muito do aparecimento dos Elohins e dos Malakins, castas que ainda não havíamos visto entrarem em ação nos outros titulos, apesar de termos conhecimento prévio a respeito deles, ai é que entra outra boa referência, alguns que já leram o livro vão perceber ao ver o filme e vice e versa, estou falando do filme "Agentes do Destino" do diretor Nolan.
  Agora chegou a hora de falar um pouco do que achei fraco, o que é bem pouco, pra falar a verdade nem sei dizer se isso é realmente algo ruim, até porque vai de gosto pra gosto, mas vamos parar de enrolação, o que ia dizer é que não curti o fato do livro possuir poucas lutas realmente fantásticas, de espada e poderes mágicos, grande parte das lutas são tiroteios, eu sei que o livro se passa em guerras humanas e isso contribuiu para isso, mas sei lá, é doideira minha mesmo! kkkk. Outro ponto que achei negativo foi que achei que alguns personagens específicos que esperávamos ver sendo bem explorados nessa obra não foram, e estou me referindo ao anjo Mickail, amigo de Denyel, outro dos anjos da morte, mas creio que isso também tenha sido uma expectativa minha, caso vocês que leram também sentiram isso cometem ai embaixo ok?
  Bem, nossa resenha vai chegando ao fim, e espero que vocês não tenham comido o biscoito todo! kkkk Mas é isso ai, se gostarem cometem, curtam ou compartilhem. E se vocês ainda estão se perguntando se o livro vale a pena, vou dizer apenas duas coisas. Eduardo Spohr!!!!
  É claro que vale a pena! Poxa vida!

Um grande abraço pra vocês e até a próxima pessoal!!! E Eduardo, se estiver lendo isso, fique sabendo que estamos esperando pelo Paraíso Perdido!!!

- Lohan Nobre

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Bruxos e Bruxas vol. 1 - James Patterson e Gabriele Charbonnet


No meio da noite, os irmãos Allgood, Whit e Wisty, foram arrancados de sua casa, acusados de bruxaria e jogados em uma prisão. Milhares de outros jovens como eles também foram sequestrados, acusados e presos. Outros tantos estão desaparecidos. O destino destes jovens é desconhecido, mas assim é o mundo sob o regime da Nova Ordem, um governo opressor que acredita que todos os menores de dezoito anos são naturalmente suspeitos de conspiração. E o pior ainda está por vir, porque O Único Que É O Único não poupará esforços para acabar com a vida e a liberdade, com os livros e a música, com a arte e a magia, nem para extirpar tudo que tenha a ver com a vida de um adolescente normal. Caberá aos irmãos, Whit e Wisty, lutar contra esta terrível realidade que não está nada longe de nós.


Uma dos livros com a melhor estratégia de marketing que eu pude ver, Bruxos e Bruxas chega no Brasil para ser uma sucesso da Editora Novo Conceito. O envio de cartas da Nova Ordem e dos “adolescentes presos pela N.O.”, além de emails e a mudança do logo da editora atraíram a atenção daqueles responsáveis pelas resenhas na blogosfera dos seus parceiros e duvido que não houve quem ao receber o livro não tenha corrido para ler! Digo isso porque eu fui pega pela estratégia de marketing e assim que ele chegou eu corri para iniciar a leitura e entender a história.

Outro ponto muito positivo para a Editora que, merece todos os aplausos e créditos, foi o gasto que teve com qualidade nesse livro. Cara! Você pega o livro e fica dando carinho na capa que parece um papel veludo lindo e muuuuuito gostoso. Além disso o gráfico amarelo-fogo de auto-relevo no centro contrastando com o negro da capa é lindo demais! E tudo isso sendo vendido a R$19,90 nas livrarias, isto é, dentro de um preço agradabilíssimo para os leitores é de cair o queixo de qualquer fã de livros que além de cheirá-lo, gosta de manuseá-lo enquanto lê.

E a leitura conta com a enorme qualidade de James Patterson, que junto com Gabrielle Charbonnet, dá vida a história de Whit e Wisty, dois adolescentes de 17 e 15 anos respectivamente, que um dia acordam com a invasão da polícia (SWAT e companhia ilimitada) para levá-los sob a acusação de serem bruxos. Daí em diante, coisas bizarras começam a acontecer com eles, enquanto são presos, julgados e condenados a morte por exercerem magia pela nova instituição em comando do país: a Nova Ordem.

A partir de um partido político que começou a comandar pontos estratégicos da política, a N.O. Chega ao poder a fim de trazer um mundo mais limpo, perfeito, onde todos pensam dentro da caixinha e não são capazes de exercer sua individualidade ou personalidade. A questão é que nesse mundo, os adolescentes, crianças e jovens são perigosos, por estarem na aurora da vida e cheios de energia para confrontar tudo o que lhes é imposto. Principalmente, quando alguns são mágicos. Por isso, prende-se todos os que pensam diferentes, matam aula, mascam chiclete, cospem no chão e os condenam a morte. O problema é que numa profecia, dois jovens poderosos destruírão esse novo regime, trazendo de volta a liberdade, porém esses dois não sabiam de nada e nem ofereciam perigo a ninguém, até serem presos e aprenderem sobre quem são e o que está acontecendo.

O livro ainda contém referências a obras de grande sucessos literários e culturais adolescentes como Harry Potter, Percy Jackson e The Walking Dead, porém com outros nomes assim como a Turma da Mônica faz em seus gibis. A ideia da leitura é a mesma de Jogos Vorazes e da saga Feios, mostrar uma busca pela liberdade diante de um governo repressivo. Não podia ter um lançamento em tempo melhor, com os protestos correndo o Brasil por melhores condições. Espero que a leitura agrade a vocês o tanto que me agradou, e consiga manter em todos os corações leitores a chama da necessidade de se manifestar por melhores condições enquanto se pode!

quinta-feira, 13 de junho de 2013

CYBERPUNK


"Qualquer coisa que se possa fazer a um rato se pode fazer a um humano.E podemos fazer quase qualquer coisa aos ratos. É duro pensar nisto, mas é a verdade.Isto não mudará com nós cobrindo os olhos. Isto é Cyberpunk." - William Gibson

Bem, a pergunta que vocês devem estar fazendo é: "Mas o que é Cyberpunk ". Já vou responder. Cyberpunk é um subgênero literário derivado da ficção cientifica que se originou na década de 80, contudo, mais do que isso Cyberpunk se tornou uma filosofia, um jeito de pensar. 

O gênero traz o tema "High tech, low life." - ou seja, alta tecnologia, nível de vida baixo -, mostrando um futuro distópico onde o rápido avanço da tecnologia mudou completamente a dinâmica sociocultural de nosso mundo, e é nesse mundo que se apresenta dilemas muitas vezes percebidos nos dias de hoje. O Cyberpunk é nada mais nada menos do que um retrato do nosso mundo moderno, óbvio, com um pouco de exagero pra ficar estiloso.

Alguns elementos desse gênero são: a sociedade degenerada e alienada com a tecnologia, um mundo controlado por grandes empresas, entre outras coisas.

A primeira obra do gênero se chama "Neuromancer" do autor William Gibson, que traz uma ambientação suja, pessoas marginalizadas e uma opressão da tecnologia por parte do capitalismo, o livro seguiu um pouco o estilo que surgiu do filme Blade Runner - O Caçador de Androids, e preparou caminho para a grande trilogia de Matrix. A história segue os passos de Case, um hacker do cyberespaço (um mundo criado dentro de computadores, uma matrix) que por tentar roubar da própria companhia que contratava seus serviços foi pego e teve destruída sua capacidade de entrar no mundo virtual, assim ele deu inicio a uma busca desenfreada pela cura, se enterrando cada vez mais na sujeira de uma sociedade degradada.





A filosofia por trás do Cyberpunk é justamente através de um exagero mostrar quem estamos nos tornando, como estamos agindo hoje... Perdemos horas compartilhando e curtindo coisas no facebook, fingindo que nos importamos com os outros, mas na realidade, fora dessa matrix, nós tratamos as pessoas como lixo, passamos perto de moradores de ruas e nem olhamos para eles, são como se não existissem ou fosse animais, a humanidade está alienada, está vivendo em um mundo de plástico, o mundo que a mídia mostra pra todos nós, bonito e perfeito, só que ela não mostra as pessoas que passam fome ou morrem em massacres de guerras civis que ocorrem na África, ela não mostra a dor das pessoas que perderam um filho porque não tinha hospital em bom estado para tratar dos que necessitam. O Cyberpunk é uma crítica a tudo isso, é um critica ao fato de estarmos nos tornado alienados, nós estamos nos tornando cada vez mais máquinas, frios e arrogantes.





Alguns subgêneros derivaram do Cyberpunk, eles foram o Biopunk e Steampunk (sendo o último bem interessante, mas vou falar sobre ele em outra matéria.).

Sendo a assim a cultura Cyberpunk já influenciou milhares de obras, desde filmes a jogos, desenhos a livros, deixarei uma lista para aqueles que se interessarem pelo gênero.

Acredito que tenha conseguido passar a mensagem e esclarecer qualquer duvida que alguém pudesse ter a respeito sobre o que é Cyberpunk, já que muitos são os que tem perguntado isso nos últimos meses devido ao anuncio do game Cyberpunk 2077.

- Muito obrigado pela atenção, espero que tenham gostado!! - Lohan Nobre

Abaixo a lista:

Jogos - 

Deus Ex (na minha opinião o melhor game de Cyberpunk)

Filmes - 

Tron
Minority Report
Total Recall
Juiz Dredd
Matrix
Blade Runner

Animes -

Psycho-Pass
Ghost in Shell

Livros - 

Neuromancer






domingo, 9 de junho de 2013

[RESENHA] Persuasão - Jane Austen


O enredo deste empolgante livro gira em torno dos amores de Anne Elliot que se apaixonara pelo pobre, mas ambicioso jovem oficial da marinha, capitão Frederick Wentworth. A família de Anne não concorda com essa relação e a convence romper seu relacionamento amoroso. Anos após Anne reencontra Frederick, agora cortejando sua amiga e vizinha, Louisa Musgrove. "Persuasão" é amplamente apreciado como uma simpática história de amor, de trama simples e bem elaborada, e exemplifica o estilo de narrativa irônica de Jane Austen, sendo original por diversos motivos, entre eles, pelo fato de ser uma das poucas histórias da escritora que não apresenta a heroína em plena juventude. O romance também é um apanágio ao homem de iniciativa, através do personagem do capitão Frederick Wentworth que parte de uma origem humilde e que alcança influência e status pela força de seus méritos e não através de herança.



Eu amo ler Jane Austen! Meu primeiro livro dela foi Orgulho e Preconceito quando era adolescente e até fiz a resenha para o blog já. Semana passada, meu noivo ganhou no trabalho dele a edição comentada do livro Persuasão da Editora Zahar - tradução de Fernanda Abreu, capa dura e com duas novelas dessa autora como extras super bem-vindos. Como ele sabe da minha paixão por livros e pela Jane, me deu de presente e eu já o devorei como boa leitora que sou.

Persuasão é o último livro escrito de Jane Austen, tendo sido publicado postumamente. Mais uma vez, a autora trata da alta sociedade inglesa do início do século XIX e as transformações que a Inglaterra está passando por conta das conjunturas econômicas e profissionais. Através de um narrador em terceira pessoa que no final sempre tece os seus comentários, ela conta a história de Anne Elliot - uma donzela que era bem negligenciada pela família composta pelo pai e irmã. Tanto Sir Walter Elliot como Elizabeth Elliot agem com Anne como se ela fosse uma inútil, sem capacidade de emitir nenhuma opinião decente a respeito de coisa alguma. A única amiga é Lady Russel, que a trata como filha com carinho, devoção e educação excelentes. Porém, ela também ajudou a moça protagonista de nossa história romper o relacionamento com o jovem Wentworth que ambicionava muito, porém possuía pouco. O amor, naquela época, não era suficiente. A pessoa tinha que ter reputação e condições para conviver na alta sociedade. Frederick ainda não possuía.

O problema é que, anos mais tarde, sua família em condições financeiras teve de alugar a casa onde morava no interior e se mudar para o setor urbano de Bath. A moradia é alugada pelo cunhado de Frederick, que agora é capitão e conquistou tudo o que desejava por méritos. Logo, Anne passa a ter de conviver com seu amado que parece cortejar a vizinha, Louisa Musgrove. Será que a persuasão ocorrida no passado por sua família pois a felicidade futura de Anne completamente a perder, ou ainda existe uma chance?!

Austen brilha com a escrita madura demonstrada nesse livro. A questão de um protagonista de mérito que ascende socialmente por seu trabalho no exército inglês, ou das vaidades de Sir Walter Elliot que mantem o seu orgulho pelo título de baronete concedido décadas atrás e que estava perdendo o seu valor, é interessantíssima! A escritora consegue colocar em suas linhas uma análise perfeita das transformações que a sociedade inglesa está passando com a ascensão burguesa, a falência das famílias nobres entre outros detalhes que nem parece que ela vivia nesta época e sua visão é interna. Os seus escritos podem ser considerados fontes históricas para o estudo de uma época importante na história do mundo.

A respeito da edição a Zahar arrasou! Com um patrocínio da Prefeitura do Rio de Janeiro, publicou um livro com a capa dura, comentado - o que te esclarece fatos da vida da Jane Austen que são colocados na história - e cheio de notas de tradução maravilhosas! Eu amei demais a edição que contou com mais duas novelas após o término de Persuasão e uma biografia da autora. Super recomendo a leitura!

terça-feira, 19 de março de 2013

[Circuito Novo Conceito] Sonhe Mais


"Você saberia lidar com a partida da pessoa amada?

Esta pergunta é o tema central do livro de Jai Pausch, Sonhe mais. Muito bom, diga-se de passagem.

Sabe quem é ela? A viúva de Randy Pausch, o sujeito que tinha câncer no fígado, fez um discurso e escreveu um livro: A lição final. Sonhe mais é a versão dela, da esposa, sobre uma vida de paixão, amor e família. Mais incrível que o primeiro!

É tão provocante, mexe tanto com a gente que eu não consegui desgrudar do livro. Logo que comecei a ler tive raiva de Randy Pausch(!), o marido, fechei o exemplar e comecei a refletir. Mas aquele livro ao meu lado parece que me chamava, então iniciei a leitura novamente, de onde parei.

Três capítulos depois e eu estava com dó -- pena mesmo -- do Randy Pausch, afinal ele estava morrendo! Pensei: "acho que ele está certo, só pensando no melhor para a esposa e filhos", e continuei a ler.

Conforme Jai Pausch, a autora de Sonhe mais, escrevia e descrevia suas experiências -- que senti todas -- comecei a pensar que ela é quem estava errada, achei a mulher fria em certos momentos.

Pois fiz uma pausa e pensei novamente! Que loucura!

Mas o livro continuava a me provocar e lá fui eu, novamente, ler. Finalmente, percebi que Jai estava vulnerável, ela ia perder o marido de quem tanto gostava, mas tinha que continuar a vida, tinha que cuidar do doente e dos filhos ao mesmo tempo ( nada como uma mulher para fazer isso), e pensar no que aconteceria depois que Randy falecesse!

Como ela foi forte, como sofreu e como amou!

Na verdade, eles viveram um grande amor! E eu vivi um turbilhão de sentimentos!

Veja, já li livros intrigantes, emocionantes, mas que me provocasse sentimentos de compaixão, raiva, compreensão, amor, dó... tudo ao mesmo tempo, este foi o primeiro."

sexta-feira, 15 de março de 2013

Feios - Scott Westerfeld


Tally está prestes a completar 16 anos, e ela mal pode esperar. Não por sua carteira de motorista – mas para se tornar bonita. No mundo de Tally, seu aniversário de 16 anos traz uma operação que torna você de uma horripilante pessoa feia para uma maravilhosa pessoa linda e te leva para um paraíso de alta tecnologia onde seu único trabalho é se divertir muito. Em apenas algumas semanas Tally estará lá. Mas a nova amiga de Tally, Shay, não tem certeza se ela quer ser bonita. Ela prefere arriscar sua vida do lado de fora. Quando ela foge, Tally aprende sobre um lado totalmente novo do mundo dos bonitos – que não é tão bonito assim. As autoridades oferecem a Tally sua pior escolha: encontrar sua amiga e a entregar, ou nunca se transformar em uma pessoa bonita. A escolha de Tally faz sua vida mudar pra sempre.




Terminei de ler FEIOS, de autoria de Scott Westerfeld. Em meus caminhos pela blogosfera, vi que as resenhas sobre esse livro estavam tão positivas que decidi pegá-lo para ler. E ao contrário do que esperava, o livro acabou me decepcionando um pouco. Acho que esperava muito e ele não alcançou minhas expectativas. Mas vou tentar explicar melhor porque minha relação foi um pouco diferente.

A leitura é muito inteligente. Westerfeld criou um mundo futurista que consegue ser bem real, quando olhamos a nossa e percebemos que existem pessoas capazes de tudo para conseguir um determinado ideal de beleza. Um exemplo é a anorexia, ou aquelas operações para se tirar as costelas a fim de afinar a cintura. No mundo literário, a humanidade entrou em colapso, e fez surgir um governo forte que obrigava a população aos 16 anos a realizar uma operação para se tornar PERFEITA. Como assim?! Essa operação significava uma total modificação dos indivíduos com base num padrão comum. Nada de narizes grandes, olhos vesgos, magreza ou gordura excessiva. Tudo era simétrico e perfeito a fim de evitar conflitos. Além disso, o mundo desses perfeitos se resumia a curtir a vida. Poucos trabalhavam, os jovens bebiam e participavam de festas o tempo inteiro. Tudo era a maior diversão. Porém, antes de completar a idade limite para passar pela cirurgia, o indivíduo morava separado do restante e tinha um status: Ele era FEIO.

Todos sonhavam com o momento de simplesmente se tornar perfeito e deixar seus defeitos para trás. Tally não podia ser diferente! Iria completar 16 anos em apenas alguns meses e seu melhor e único amigo já havia realizado a cirurgia. É nesse momento que conhece Shay, uma adolescente diferente e um tanto rebelde que, ao contrário de todos, não queria operar. Queria viver como uma pessoa normal, feia, pelo resto da vida. Tally, obviamente, não compreende isso e quando sua amiga foge em busca de viver no meio de um grupo que viviam clandestinamente e feios, ela se vê enrascada. Tudo o que queria era se tornar perfeita e agora ela precisa realizar uma missão: Conhecer esse grupo e delatá-los a chefia de sua cidade.

A crítica é ácida com relação a essa alienação geral da sociedade com relação a beleza, a diversão exagerada e a transferência de poder e controle social. O autor também constrói uma demonstração de que nada é "preto no branco". Existem tons de cinzas em todas as nossas ações como ser humano, até mesmo, em questões como traição, redenção e culpa. Isso tudo pode ser visto através dos olhos e sentimentos de Tally. O problema que eu achei no livro é que eu não me identifiquei com a protagonista. Em nenhum momento, me senti ligada a ela. Nem quando ela quer ser perfeita, nem quando ela desiste e corre atrás da redenção, nem quando ela estava com David. Essa falta de ligação dificultou a leitura para mim.

Como se pode ver, o livro é ótimo! O plot, isto é, a ideia, é PERFEITO (fazendo aquele jogo de palavras)! O problema no livro foi algo muito particular meu e pode não se repetir com você. As críticas apresentadas são válidas e interessantes. Outra coisa que deixou a desejar, pra mim, foi a capa. Eu amo capas e elas devem ter algo que chame a atenção. No contexto geral, não me chamou a atenção. Passaria pelo livro e não haveria aquele "tcham" inicial. Ainda bem que existe a blogosfera rs

E você? Já leu? O que achou? Concorda ou discorda?

Gostaria de saber! Deixe um comentário com sua opinião do livro e da resenha! Ajude-nos a melhorar!

domingo, 10 de março de 2013

[Saga] A Mediadora - Meg Cabot



Essa será uma resenha um pouco diferente. Afinal, eu li seis livros de uma saga inteira em alguns dias. Então resolvi fazer uma resenha única de toda a série, tentando ao máximo simplesmente não dar spoilers arruinadores!

A sinopse da série é basicamente esse:

Suzannah é uma adolescente aparentemente comum que tem um problema com construções antigas. Não é para menos. Afinal, muitas dessas casas velhas são assombradas. E Suzannah é uma mediadora, uma pessoa capaz de ver e falar com fantasmas para ajudá-los a descansar em paz. É claro que esse dom lhe traz muitos problemas. Mas nem ela poderia saber a gravidade do que encontraria ao mudar-se para Califórnia.

Pois então, Suzannah - ou Suze, para os que já se consideram íntimos - consegue falar com os mortos. Não só falar, na verdade. Para os mediadores, os fantasmas tinham matéria, sendo que eles podiam vê-lo, tocá-los e até "dá um chute na bunda deles" como Suze explicava. E quando ela tem de se mudar para uma nova casa na Califórnia, ela acaba encontrando um fantasma de um garoto de 20 anos que morreu naquele quarto há 150 anos atrás. O problema era que ele simplesmente não queria ir para a luz e nem estava acostumado a ter pessoas que o viam e percebiam a sua existência.

Como se poderia esperar, Suzannah e Jesse se apaixonam um pelo outro. Não no primeiro livro, mas de uma maneira gradativa e deliciosa de se ler. Porém, você pode estar pensando: Mas ele é um fantasma!!! Justo! Eu pensei assim quando li a sinopse pela primeira vez, contudo quando você conhece os dois personagens criados por Cabot é imperativo você começar a torcer por eles e amá-los como se eles fizessem parte da sua vida a muito tempo. Ambos são personagens muito reais e esse é o maior mérito da autora de Diário de Princesa, Suzannah é a típica garota adolescente do século XXI, embora seu dom a tenha tornado um pouco amarga e irritadiça no início. Ela é forte e corajosa, ao mesmo tempo que não tem nenhum papo na língua, e ser estourada demais. Sempre que pode a protagonista parte pra violência, o que chega a ser engraçado na maior parte das vezes. Jesse é o oposto perfeito, ele era um garoto pacato de uma outra época em que mulheres não usavam calças e tudo ainda era decidido pelos pais. É gentil e brincalhão e capaz de arriscar sua vida - ou melhor sua alma - para proteger a pessoa menos conhecida que fosse. Seu defeito é uma determinada insegurança que sente, e com toda razão, a respeito de seus sentimentos. Algo que ele simplesmente não poderia sentir e que acaba trazendo problemas.

Apesar do relacionamento deles ser o eixo principal que liga todos os livros - e é lindo demais, por sinal - alguns outros personagens são simplesmente tão maravilhosos como eles dois. No núcleo familiar temos o padrasto Andy, carpiteiro e apresentador de um programa de TV com dotes culinários, a mãe de Suze - que vive dando aqueles momentos de vergonha alheia que só as mães conseguem fazer com os filhos adolescentes (e adultos); Os meio-irmãos de Suzannah: Brad, Jake e David - vulgarmente chamados de Dunga, Soneca e Mestre. David, o meio-irmão caçula de Suze, é quase um capítulo a parte de tão fofo e nerd! Além desse núcleo, temos o Padre Dominic, diretor do colégio que compartilha do mesmo dom de mediação, e os amigos da protagonista Cee Cee e Adam que são uma comédia e que nos fazem ter vontade de tê-los como amigo também!

A partir do terceiro livro, conhecemos um novo personagem: Paul Slater. Que vai ser essencial para a história e para o desfecho completamente impressionante da saga. Eu simplesmente não imaginava como Meg Cabot solucionaria o problema do casal e ela não me desapontou em nenhum momento! Os meus livros favoritos dos seis é A hora mais sombria, seguido por Crepúsculo (não é o da Meyer), pois eu adoro aquele estilo mais angst, que deixa você com o coração em pedaços durante parte da história. Sou meio sadomasoquista emocional com casais, fazer o quê?

Os livros são consideravelmente pequenos - aproximadamente 200 páginas cada um - e com uma linguagem muito fácil e fluida de se ler. Eu li um livro, um livro e meio por dia, o que até para os meus padrões de leitura é muito rápido, considerando que já voltei a trabalhar. E conforme você vai avançando, simplesmente não consegue largar o livro. É estilo de menina, mas é tão gostoso que digo: LEIAM!!! Vale muito a pena!

Aliás, a sequência certinha dos livros é: 1) Terra das Sombras 2) Arcano Nove 3) Reunião 4) A hora mais sombria 5) Assombrado 6) Crepúsculo

sábado, 9 de março de 2013

Filhos do Eden - Herdeiros de Atlântida (Resenha)



"Há sentimentos mais fortes que a dor e a perda, pelos quais vale a pena viver"


Há uma guerra no céu, as legiões fiéis a Miguel, o Príncipe dos Anjos, se digladiam contra as forças de Gabriel, o Mestre do Fogo, transformando as regiões celestes num verdadeiro campo de batalha. Foi contudo decretado um armistício na terra, uma paz frágil prestes a cair. É nesse contexto que Urakin e Levih, integrantes do exército rebelde, vão ao mundo dos homens numa missão de resgate, o objetivo é encontrar e dar continuidade a missão de Kaira, uma capitão das tropas de Gabriel, desaparecida há dois anos. Ao encontrar Kaira no entanto logo perceberam que ela não possuia memórias de sua natureza celeste, mas vivia como uma humana comum. Envolvidos numa conspiração capaz de por em risco o equilíbrio das forças, eles terão descobrir uma maneira de reaver as lembranças da Ishin, e por fim fazer o necessário para impedir os planos maléficos de Andril, um arconte de Miguel.

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Eu já havia falado antes aqui sobre o livro "A Batalha do Apocalipse" de Eduardo Spohr, nesse caso, para quem leu a obra, vai ter a chance de continuar vivendo as aventuras do universo criado pelo autor no livro anterior, contudo, "Filhos do Éden" não é sequência direta de "A Batalha do Apocalipse", mas sim uma expansão, pra falar a verdade a história passada nessa série ocorre antes dos acontecimentos vividos por Ablon no fim dos tempos. Os personagens também mudaram, você acompanhará a jornada de Kaira, Urakin, Levih e Denyel, o exilado. A história em sim também toma outra forma, em vez de estar focada num grande evento, ela nos traz um história mais intimista e de menor escala e ao contrário do que se pensa, ela é ainda mais dinâmica do que o livro "A Batalha do Apocalipse", mantendo um ritmo capaz de te manter grudado as páginas sem parar por nada.  Sobre os personagens, eles também foram construídos de maneira diferente, são mais humanizados, cheios de dilemas e falhas que ajudam a nos identificarmos com eles, ao contrário de Ablon e outros da primeira obra, que muitas vezes parecem perfeitos demais, assim como o Superman, todo certinho e poderosíssimo. 

Minha opinião é que Filhos do Éden consegue ser melhor que o livro anterior, apesar de possuir uma escala menos épica, mas ao jeito que o autor trata os personagens e  a resolução de seus dilemas é muito mais pessoal e profunda. Temos Kaira, uma celestial presa a vivência humana e incapaz de usar plenamente seus poderes, assim como se livrar dos sentimentos relacionados a carne, há também Denyel, um sujeito que faz o tipo de Anti-Herói, sujo e cafajeste, acusado pelos membros de sua própria casta de perdido sua honra. Alias, esses dois personagens formam o casal da história, e possuem uma relação muito bem trabalhada, complicada e divertida, estão sempre discutindo, Denyel é cheio de vícios humanos e demonstra uma personalidade amarga, própria das pessoas que já viram e fizeram muitas coisas ruins na vida, ainda assim ostenta um heroísmo sem igual, já Kaira, é valente e cheia de princípios e muitas vezes isso faz com que entrem em conflito, isso dá uma riqueza ao casal, que apesar de não tão original, funciona muito bem. A ação também é muito mais frequente, sem exagero, e os flashbacks não quebram o ritmo da narrativa, o que ocorre no "A Batalha do Apocalipse".

Se vale a pena??? Sim, vale muito! Eduardo expande o universo de sua obra de maneira magistral, e a trama também mantém a qualidade. Leiam Filhos do Éden! 


Por Lohan Nobre 

sexta-feira, 1 de março de 2013

Novidades da Novo Conceito MAR/2013

Não leia este artigo. Deixe de ser curioso!

Não aguentou?

Eu sabia!

Imaginar o que vem pela frente é algo que está cravado em sua mente. E quem disser que não é curioso está mentindo. Seu organismo, e mais especificamente, o seu cérebro se ativa quando há uma possibilidade, mesmo que remota, de você saber como será o seu futuro. Não é à toa que procuramos cartomantes, numerólogos, tarólogos e uma pá de profissionais para nos dizer o que vai acontecer daqui pra frente.

Você imagina o motivo disso? Não? É que seu cérebro é primitivo, isto é, ele trabalha da mesma maneira como fazia há cem mil anos, quando éramos caçadores e coletores. Nesta época, saber o que ia acontecer, quando acharia caça, quando comeria ou mesmo identificar onde estaria escondido o predador ou o inimigo, era fundamental para a sobrevivência. Quanto mais curioso, mais adaptado e mais sortudo... Portanto, a curiosidade é uma característica da evolução.

Pois esta curiosidade em antecipar os acontecimentos nos acompanha até hoje. Em nome desta faceta cerebral você faz coisas bem malucas como: pedir para alguém olhar as estrelas e prever o resto da sua vida; implorar a uma desconhecida para ver nas cartas se você conquistará seu amor; jogar umas conchinhas na peneira pra descobrir se seu objeto do desejo vai largar daquela pessoa nada a ver e correr atrás de você... Você é assim porque isto é natural, instintivo. Não é maluquice, não!

Até os empresários fazem isso. Eles usam profissionais que são tipo uns futurólogos para prever como o mercado vai evoluir; se o consumo vai aumentar ou não; se vão surgir outras empresas no mesmo ramo e tudo o que puder e estiver ao seu alcance para ver longe e prever o sucesso.

Olhe só, os profetas também fazem isto! Tentando definir o futuro lançam profecias que mudam a vida das pessoas - daquelas que acreditam, pelo menos.

Agora que você já entendeu do que estamos falando, aqui vai a minha pergunta: O QUE VOCÊ FARIA SE SOUBESSE O QUE VAI ACONTECER AMANHÃ?

Já imaginou?

A Editora Novo Conceito achou um livro bem bacana que fala exatamente disso, e ainda separou um capítulo para que você leia gratuitamente. Faça o download através deste link: Primeiro capítulo

Não sabe como ler um e-book? Clique e descubra como: O que é um ebook?

Super vale a pena conhecer!!! Ler o primeiro capítulo de um livro é uma boa forma de conhecer se o trabalho vale a pena ou não!

Então não perca a chance!

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

O Herói Perdido - Rick Riordan



Depois de salvar o Olimpo do maligno titã Cronos, Percy Jackson e seus amigos trabalharam duro para reconstruir seu mais querido refúgio, o Acampamento Meio-Sangue. É lá que a próxima geração de semideuses terá de se preparar para enfrentar uma nova e aterrorizante profecia. Uma mensagem que pode se referir a qualquer um deles: "Sete meios-sangues responderão ao chamado. Em tempestade ou fogo, o mundo terá acabado. Um juramento a manter com um alento final, E inimigos com armas às Portas da Morte afinal." Os campistas seguirão firmes na inevitável jornada, mas, para sobreviver, precisarão contar com a ajuda de alguns heróis, digamos, um pouco mais experientes — semideuses dos quais todos já ouvimos falar... e muito.



Todo fã de saga tem medo quando após o término perfeito de uma, o autor decide escrever uma continuação. É fato que nós como leitores ficamos divididos com relação ao assunto: De um lado, pulamos de alegria e comemoração! Afinal, MAIS LIVROS e MAIS TEMPO com seus personagens favoritos. Por outro lado, fica aquele medo da história se perder no sucesso e acabar decepcionando.

Quando eu vi que a saga do Percy Jackson teria uma continuação, a sensação foi exatamente essa descrita acima. Alegria e receio misturados de tão forma que demorei a pegá-los para ler. Finalmente, nesse carnaval (que foi mega produtivo literariamente), eu comecei e fiquei completamente viciada, surtada, e, como não?, aliviada. Em nenhum momento, Riordan desaponta seus fãs, nem quando ao começarmos a leitura percebemos que Percy está desaparecido e somos apresentados a novos semideuses.

Jason acorda desmemoriado em pleno Grand Canyon. Ele não consegue lembrar de absolutamente nada e muito menos de ter um grande melhor amigo hiperativo, Leo, e de ter uma namorada, Piper. Nesse passeio, demônios atacam e a declaração de que eles são semideuses, não causa nenhum estranhamento em Jason que tem poderes grandes para um novato. Sabemos que sua memória foi roubada e para reavê-la e salvar a deusa Hera - mulher de Zeus - e o Olimpo, devem ir numa missão arriscada contra uma força muito mais poderosa que os Titãs da saga passada.

Várias novidades surgem nesse novo capítulo da história dos Olimpianos. Primeiro que temos por protagonista uma filha de Afrodite - Piper - e um filho de Hefesto - Leo. Além disso, somos apresentados a mitologia romana, quando descobrimos que Jason é filho de Júpiter - versão romana de Zeus. Riordan escreve com absoluta clareza a ligação entre as mitologias e principalmente as diferenças entre cada uma divindade e povo. Também descobrimos que gregos e romanos tem uma inimizade natural que deve ser posta abaixo para salvar o mundo.

A linguagem utilizada continua sendo de fácil acesso. Só que, dessa vez, cada capítulo é um POV (ponto-de-vista) de um semideus em questão, uma sacada maravilhosa que nos aproxima ainda mais das personagens criadas por Riordan. O Leo é o consenso entre os fãs, como o personagem mais legal já criado - depois do próprio Percy, porém para mim, a identificação foi imediata com a Piper. Jason divide opiniões por seu senso de liderança. Nessa aventura, novos deuses são apresentados aos leitores como Bóreas, Quione e Éolo, além de outros personagens mitológicos famosos como o Rei Midas.

O livro é uma delícia de se ler. Super recomendo a todos de todas as idades. Vale a pena!!!

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Cidade das Cinzas - Cassandra Clare


Clary Fray só queria que sua vida voltasse ao normal. Mas o que é “normal” quando você é uma Caçadora de Sombras assassina de demônios, sua mãe está em um coma magicamente induzido e você de repente descobre que criaturas como lobisomens, vampiros e fadas realmente existem? Se Clary deixasse o mundo dos Caçadores de Sombras para trás, isso significaria mais tempo com o melhor amigo, Simon, que está se tornando mais do que só isso. Mas o mundo dos Caçadores não está disposto a abrir mão de Clary — especialmente o belo e irritante Jace, que por acaso ela descobriu ser seu irmão. E a única chance de salvar a mãe dos dois parece ser encontrar o perverso ex-Caçador de Sombras Valentim, que com certeza é louco, mau... e também o pai de Clary e Jace. Para complicar ainda mais, alguém na cidade de Nova York está matando jovens do Submundo. Será que Valentim está por trás dessas mortes? E se sim, qual é o seu objetivo? Quando o segundo dos Instrumentos Mortais, a Espada da Alma, é roubada, a aterrorizante Inquisidora chega ao Instituto para investigar — e suas suspeitas caem diretamente sobre Jace. Como Clary pode impedir os planos malignos de Valentim se Jace está disposto a trair tudo aquilo em que acredita para ajudar o pai? Nessa sequência de tirar o fôlego da série Os Instrumentos Mortais, Cassandra Clare atrai os leitores de volta para o lado mais obscuro do submundo de Nova York, onde amar nunca é seguro e o poder se torna a mais mortal das tentações.



A continuação de Cidade dos Ossos foi simplesmente perfeita. Não existe outro adjetivo possível para esse livro. Li em apenas dois dias e demorei tanto assim porque comecei pela internet, depois uma amiga me emprestou até o meu chegar... A saga em si é sensacional e esse momento intermediário da trilogia foi escrito de maneira clara como a primeira e com muita ação. Nenhum aspecto foi ignorado. Tem momentos cômicos, tem romance e tem aqueles momentos que te deixam sem ar e sem poder parar.

A história continua alguns dias depois dos últimos eventos do primeiro livro. Valentim havia fugido com o Cálice Mortal e não querendo apenas isso, volta em busca do segundo Instrumento Mortal – A Espada da Alma – que além de certificar que o Nephilim diz a verdade é capaz de invocar inúmeros demônios para a dimensão do real. Além disso, o vilão transforma a vida de Clary e Jace num inferno sem fim, afinal a circunstância de filhos de Valentim não é uma marca agradável e o fato de serem irmãos transforma a paixão dos dois em algo impossível de acontecer.

Um novo personagem é introduzido na trama: a Inquisidora. Uma Nephilim que teve a vida arruinada durante a Ascensão, quando seu filho foi morto por lutar pelo Ciclo e sua nora grávida se matou de infelicidade. O ódio que essa senhora tem de Valentim é intenso e a transforma em alguém implacável e gélida ao lidar com a suspeita de que Jace havia ajudado o pai durante todos esses anos e que estaria apoiando sua luta contra a Clave. É uma personagem que te dá ódio no decorrer de todo o livro e que, ao mesmo tempo, te dá pena por conseguir entender o motivo de tanta raiva.

Cassandra Clare escreve de uma forma interessante. Ela consegue descrever os momentos de luta com habilidade, e também consegue expressar os sentimentos de cada personagem intensamente. Na literatura estrangeira, poluída por 50 tons de cinza, a autora cria um casal de muita profundidade. Você é quase forçado a aceitar o incesto tamanha pureza e grandiosidade do sentimento que os une. E a direção que ela toma é arriscada, contudo Clare sai bem sucedida ao criar também um ship gay – Alec e Magnus – de forma sutil e bem delicada. Sem forçar barra.

Super indico essa leitura para qualquer pessoa de qualquer idade.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Devil May Cry



Devil May Cry, esse nome lhe faz lembrar de um sujeito de cabelos brancos e sobretudo vermelho com um inexplicável vício por pizza e sunday de morango. Contudo, não dessa vez. O reboot da franquia do caçador de demônios causou muita polêmica, trazendo um Dante  de cabelos negros e visual punk completamente diferente do Dante que conhecíamos, mas essa não é a única mudança que o game apresenta... Mas vamos falar sobre isso depois.

Com essa nova roupagem a trama em si também é completamente nova. Tudo começa quando Mundus e Sparda, dois demônios poderosíssimos se estabelecem na terra com o plano de controlar o mundo e escravizar a raça humana. Sparda, contudo, se apaixona por uma mulher-anjo e juntos acabam tendo dois filhos... Dante e Vergil, dois Nephillins, os únicos seres capazes de derrotar o rei demônio, e também tio deles. No entanto, Dante desconhece seu passado, sua infância, assim como a existência de seu irmão, mas ele não é o único a não saber sobre Vergil, Mundus também acredita ser Dante o único Nephillim com quem deve se preocupar.

Neste reboot tão controverso, Dante possui o visual diferente, mas não só isso, ele tem uma personalidade diferente também, o novo Dante é mais rebelde e selvagem, vivendo sem regras, tentando não enlouquecer, por isso se afoga nas bebidas e na lascívia lutando contra si mesmo, contra sua natureza e contra demônios que o caçam pela terra.

Minha opinião sobre isso é: gostei demais... Essa nova roupagem traz um Dante mais humano (apesar da natureza anjo-demônio, diferente do antigo Dante, que era metade homem, metade demônio.), sendo o protagonista uma metáfora que representa os humanos. Todos temos um lado mal e outro bondoso, cabe a nós decidir qual lado seguir, assim como Dante. As soluções arrumadas pela personagem para enfrentar a vida são também parecidas com algumas que certos homens e mulheres tomam, decisões erradas, porém a todos é dado a chance de lutar contra isso, a chance de redenção. Essa natureza extremamente humana da personagem é um fator importante para criar um elo entre o jogador e o protagonista, fator essencial pra fazer um jogo cair no gosto do público.

Outra coisa muito importante é a jogabilidade, e isso Devil May Cry tem e muito. A sua disposição está um verdadeiro arsenal, nele você pode encontrar desde Espadas, Machados à Pistolas. Logo você pode combinar vários golpes de inúmeras armas, criando várias sequências distintas que podem destruir seus oponentes. Você tem que ser esperto pra criar essas combinações, pois cada inimigo reage de maneira diferente, tem habilidades diferentes... Existem inimigos que só sofrem sobre ataque de armas de fogo, outros, sobre armas de gelo, e muitos vezes esses dois tipos de monstros diferentes aparecem ao mesmo tempo fazendo-o ter que se virar nos trinta pra poder destruí-los!

Além das lutas também há o cenário que lhe impõe vários desafios para cruzá-lo, suas armas também servem para se mover pelo ambiente,  servindo de gancho entre outras coisas.

Acho que já falei o suficiente sobre o jogo, pincelando as principais característica e dando uma sinopse a respeito da história. Agora vocês devem decidir se vale a pena ou não jogar esse título de sucesso.

Por Lohan Nobre 

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

A Batalha do Apocalipse - Eduardo Spohr


"A espada não vive sem o querubim e o querubim não vive sem espada"


Após a criação do Universo, Deus se retirou para o Monte Tsafon e lá repousou, esse longo período que dura até os dias de hoje foi chamado de "O Sétimo Dia", na ausência do Altíssimo fica a cargo dos Arcanjos guiar a humanidade e governarem no céu até que chegue o dia do ajuste de contas quando Deus despertará para julgar os ímpios e recompensar os justos, o dia do Apocalipse.

Contudo, Miguel, o Principe dos Anjos, movido por inveja e odio pela humanidade orquestra inúmeros massacres contra os mortais na intenção de aniquilá-los. Indignado e movido pela honra, Ablon, o Primeiro General se rebela contra os atos genocidas de seu monarca, iniciando a primeira insurreição no palco celeste, mas, ao confiar na Estrela da Manhã, Lúcifer, fora traído e teve sua rebelião delatada, assim Ablon e seus seguidores foram banidos, amaldiçoados a vagar pela Terra até que tenha chegado o fim dos tempos...



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Olá pessoal, estou outra vez aqui trazendo mais um pouco da cultura nerd, então agora que já leram a sinopse queria dar minha opinião a respeito dessa obra que já é um sucesso de vendas, a bola da vez é "A Batalha do Apocalipse", e quero deixar claro que ainda não terminei de ler o livro e nem se eu quisesse poderia deixar algum spoiler escapar, então vamos lá!

O livro é de autoria de Eduardo Spohr, sim, é um brasileiro... Não se surprenda nem sucumba ao ceticismo, é uma obra de fantasia sem igual entre os livros nacionais, nela acompanharemos desde a queda de Lúcifer ao Dia do Juízo Final (e não é o juízo que a mamãe manda ter no carnaval), levando uma temática religiosa ele aborda seres que sempre causam curiosidade em nós, mesmo naqueles que não acreditam, os Anjos e Demônios (não lembrou o livro não né?kkkk), então prosseguindo... A história narrada leva você a muitos lugares históricos como a Babilônia, a Muralha da China, entre outras localidades super interessantes, tudo isso seguindo os passos de Ablon, o renegado, que por sua vez é personagem de peso, apesar de sua estrutura imutável explicada por ele mesmo, o Primeiro General é um Querubim, casta de anjos guerreiros, e ao contrário dos homens que possuem livre-arbítrio ele está fadado a seguir sua natureza, os princípios e instintos de um soldado, que tornam ele um herói sem igual. Outra característica do livro é a presença de um estilo que lembra rpg (um tipo de game) ou mesmo animes, isso torna tudo mais épico ainda, e pode-se esperar lutas cinematográficas de ponta.

Acho que já falei o suficiente para vocês terem uma idéia do que os espera caso tenha vontade de ler essa obra... Se vale a pena? Muitíssimo! 

Por Lohan Nobre